Para o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, o anúncio da nacionalização das linhas de eixos do Grupo ZF destinados a máquinas de construção civil, que agora serão feitos na planta da ZF do Brasil, em Sorocaba, é uma forma da empresa manter os postos de trabalho e uma solução da empresa para expandir o mercado.
Soares destaca também que essa nacionalização é reflexo do Governo Federal, “por meio do Programa Inovar Auto, que determina que 75% das peças dos veículos sejam produzidas no Brasil”.
Até agora, a ZF de Sorocaba produzia apenas peças para carros e caminhões.
Conforme respostas do Grupo ZF, via assessoria de imprensa, a pré-série, fase onde os primeiros eixos são montados para serem auditados pelos clientes, já esta sendo realizada. “Após a aprovação do cliente e o pedido concretizado inicia-se o SOP (produção seriada) que, se tudo ocorrer dentro do planejado, inicia-se no terceiro trimestre de 2015”.
A produção dos eixos utiliza a linha de produção já existente da montagem dos eixos agrícolas. A empresa informa também que tendo em vista a queda da produção industrial, que afeta todos os segmentos automotivos em que a ZF atua, “neste momento os novos produtos utilizarão uma linha de produção já existente, absorvendo parte da mão de obra ociosa e visando minimizar o impacto da crise”.
A ZF do Brasil em Sorocaba, juntamente com a unidade Bosch (antiga ZF Sistemas) e a Metal Borracha, que opera dentro do complexo ZF na cidade, emprega cerca de 3.500 trabalhadores.