Mesmo com a chegada do frio, os casos de dengue continuam a aumentar em Sorocaba. Segundo balanço divulgado pela Prefeitura ontem, dia 13, em uma semana houve um acréscimo de 2.625 casos da doença, com três mortes adicionais em relação ao levantamento anterior.
Na semana passada o total de casos de dengue no ano somavam 48.500. Agora são 51.125. O levantamento anterior registrava 22 mortes devido à doença. Agora são 25 óbitos. Outras 11 mortes com sintomas da dengue estão sendo analisadas.
O novo levantamento revela que, desde janeiro, um a cada 12,4 habitantes da cidade foi infectada pelo mosquito da dengue (Aedes aegypti). Sorocaba tem 637 mil habitantes, segundo o IBGE.
Sob a alegação de que os casos de dengue, embora ainda relevantes, estão reduzindo a cada semana, a prefeitura informou que as Unidades Básicas de Saúde da Vila Fiore e Lopes de Oliveira deixarão de abrir aos finais de semana. Os atendimentos de casos suspeitos de dengue serão realizados apenas nos Centros de Monitoramento de dengue nas zonas norte e leste.
Para o vereador Izídio de Brito, presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, a prefeitura está cometendo um erro ao fechar as unidades básicas no final de semana. “A epidemia ainda existe e as mortes continuam a acontecer, meses após o fim do verão”.
Izídio também reclama da falta de providências antecipadas da prefeitura em relação às doenças respiratórias, que costumam aumentar nesta época do ano, principalmente entre idosos e crianças. Entre outras providências, o governo municipal deveria contratar mais pediatras e o retorno do atendimento específico para crianças na Zona Norte. “A contratação deve ser feita com urgência”, defende o vereador.
Votorantim
Em Votorantim, a Secretaria de Saúde informou ontem, dia 13, a primeira morte por dengue no município, que acumula 1.894 casos da doença desde o início deste ano. Os dados sobre o total de casos, no entanto, foram divulgados pela última vez no dia 5 de maio.
A vítima fatal da doença é uma mulher de 61 anos, moradora do Jardim Novo Mundo, que morreu no dia 7 de abril, mas que teve o óbito por dengue confirmado somente esta semana pela Vigilância Epidemiológica Estadual e pelo Instituto Adolfo Lutz.