O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) instaurou inquérito civil para apurar uma possível contaminação do solo na área da unidade desativada da Gerdau, em Sorocaba. No local teriam sido depositados metais pesados e outras substâncias nocivas à saúde. O início das investigações foi noticiado pelo vereador Carlos Leite (PT) durante a sessão ordinária de ontem e os trabalhos serão conduzidos pelo promotor Jorge Alberto de Oliveira Marum. Ele já solicitou a realização de diligências no local à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e à Polícia Ambiental. Contatada pelo Cruzeiro do Sul, a Gerdau informou ontem que ainda não foi notificada pelo MP quanto ao caso.
Segundo Marum, a primeira etapa do processo consiste em identificar se, de fato, a denúncia se comprova. A partir de então, se confirmada a irregularidade, o MP deverá apurar as responsabilidades no caso para posteriormente propôr a retirada dos materiais bem como a tentativa de reversão do dano causado, o que poderá ser acordado por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). De acordo com Carlos Leite, além do território da Gerdau, áreas pertencentes à Fepasa e à Cianê estariam na mira do MP, que abriu procedimentos preparatórios para um inquérito civil com a mesma finalidade.
Conforme noticiado pelo Cruzeiro do Sul na edição de ontem, a área em questão possui mais de 2 milhões de metros quadrados e, embora declarada de utilidade pública por meio de lei aprovada em dezembro do ano passado, não está nos planos da Prefeitura para futuras intervenções. A unidade da Gerdau em Sorocaba foi desativada em setembro de 2014, porém, ainda mantém cerca de 15 funcionários.