Organizado pela Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, um ônibus com cerca de 30 metalúrgicos saiu da sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), na noite de segunda, dia 6, para se juntar às mobilizações desta terça-feira, dia 7, em Brasília, contra a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei (PL) 4.330/2004 que prevê a abertura da contratação de mão de obra terceirizada em todas as atividades das empresas.
Conforme o estudo Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha, produzido pela CUT em parceria com o Dieese, a pesquisa mostra que a remuneração média de um funcionário terceirizado chega a ser 24,7% inferior quando comparada a de um efetivo desempenhando a mesma função, o que inclui jornada maior e rebaixamento de benefícios.
“A PL fere diversos direitos trabalhistas, além de desrespeitar as relações de trabalho”, argumenta o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva.
A intenção das centrais e dos movimentos sociais é criar condições para que o trabalho terceirizado seja regulamentado com a proibição da terceirização na atividade-fim e com responsabilidade solidária (quando a empresa contratante assume as responsabilidades se a contratada falhar).