A CUT está conclamando a que Sindicatos, Federações e Confederações mobilizem a militância para participar do Dia mundial em defesa do direito de greve, 18 de fevereiro, convocado pela Confederação Sindical Internacional (CSI). Na mesma data, lideranças do sindicalismo brasileiro serão recebidas em audiência pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, em Brasília.
“O direito de greve é um direito humano que tem sido alvo de reiterados ataques por parte do grande capital e de governos autoritários, avessos ao diálogo. Por isso, em cada um dos 161 países onde está enraizada, a CSI reafirmará a importância desta conquista da classe trabalhadora para o aumento da renda, a manutenção de empregos e a garantia de direitos”, destacou João Felicio, presidente da entidade mundial. Em um momento de acirramento da crise, alertou o dirigente, “cresce a tendência, particularmente nas chefias das transnacionais e do sistema financeiro, de criminalizar o protesto e se fazer com que o trabalhador pague o pato”.
Não ao retrocesso
Como o direito de greve está protegido pelo Convênio 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), explicou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, “desde 2012 tem sido alvo de reiterados ataques por parte de um grupo de empregadores que, para aplicar a lei da selva e deixar os trabalhadores à mercê de todo tipo de abusos e violências, busca sabotar o mínimo regramento existente”.
De acordo com Lisboa, as greves têm sido historicamente instrumentos de pressão para a elevação do poder de compra, passo fundamental para o avanço das sociedades no combate à desigualdade e à injustiça. “Mais do que uma demonstração de força, que ganha corpo como mobilização de dezenas, centenas ou milhares, as paralisações são fruto de organização, de tomada de consciência coletiva sobre problemas comuns, que constroem pautas e alternativas de solução”, acrescentou Felício.