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Editorial

Palavra da Diretoria – Não ao banditismo na web

A mesma internet que surgiu como um mecanismo plural e acessível de comunicação foi o esconderijo, nas últimas eleições, de covardes e delinquentes virtuais

Imprensa SMetal

É consenso que a internet, em especial as redes sociais, está se tornando cada vez mais importante nas eleições, tanto como um veículo de baixo custo para propaganda de candidatos e partidos quanto como um democrático meio dos eleitores expressarem suas preferências e opiniões.

No entanto, também é fato que essa mídia popular tem sido utilizada como arma nas mãos de bandidos cibernéticos. Crimes de intolerância, de xenofobia, de preconceito foram cometidos de maneira assustadora nas últimas eleições, ameaçando conceitos caros à democracia, como a paz social, a igualdade entre cidadãos e a própria noção de unidade territorial do Brasil.

A mesma internet que surgiu como um mecanismo plural e acessível de comunicação foi o esconderijo, nas últimas eleições, de covardes e delinquentes virtuais, que atacaram pessoas e instituições utilizando-se de recursos traiçoeiros, como os perfis “fake”, como são chamadas as páginas falsas, fabricadas para esconder seus verdadeiros operadores.

A página do SMetal no Facebook, inclusive, foi atacada várias vezes nesse processo eleitoral por perfis “fake”.

Os agressores, em todos os casos, defendiam a candidatura de Aécio Neves, do PSDB, e tentava cercear o direito da direção sindical de expressar sua preferência pelo projeto de governo que considera mais benéfico para os trabalhadores, que é o de Dilma Rousseff, do PT.

Nesse processo, a direção do SMetal respeitou, e continua respeitando, opiniões contrárias à sua preferência eleitoral. Mas repudiou e repudia comentários grosseiros, ofensivos, preconceituosos e vulgares. Algumas dessas manifestações repulsivas vieram de perfis falsos, partidários tucanos que tentaram enganar nossos amigos e seguidores por meio desse recurso técnico criminoso. Em outros casos, as pessoas eram reais mesmo, tanto quanto a ignorância delas.

Sabemos que muitas outras instituições e pessoas sofreram mais atentados do que o SMetal. Muitos foram vítimas de terrorismo virtual, estimulados por veículos de comunicação sorrateiros e golpistas como a revista Veja. Muitos nordestinos e pobres tiveram sua dignidade ferida pela arrogância de partidários desequilibrados do candidato Aécio Neves.

Passadas as eleições, é de se esperar que os ataques cessem, que os críticos mais impulsivos recobrem a consciência e que os brasileiros sensatos continuem ajudando a construir um País melhor para todos, com mais avanços sociais e mais oportunidades em todas as áreas de trabalho, nos estudos e na qualidade de vida, em todos os estados da Nação.

Quanto ao uso da internet, ficou claro que são necessárias novas leis que regulamentem o seu uso, que impeçam abusos e combatam crimes de falsidade ideológica.

Afinal, está na Constituição, a liberdade de opinião é garantida, mas o anonimato é proibido. A diversidade de opiniões é saudável e fundamental na democracia, mas quem a emite deve se responsabilizar por ela.

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