O nível do Sistema Cantareira apresentou mais uma queda passando de 4,5% ontem (14) para 4,3% hoje (15), registrando a pior marca de sua história. Com temperaturas acima dos 40 graus Celsius (°C) nos últimos dias, fica ainda mais crítica a situação dos seis reservatórios do Sistema Cantareira, que abastecem 6,5 milhões na Grande São Paulo e em parte do interior. Não há previsão de chuva intensa na região Sudeste por pelo menos cinco dias.
Segundo o Centro de Previsão do Tempo e de Estudos Climáticos (Cptec), nessa quarta-feira podem ocorrer pancadas de chuva no sudeste e leste de Minas Gerais e no leste de São Paulo, que inclui a capital paulista, mas as precipitações deverão ser bem isoladas e de fraca intensidade. Amanhã, a nebulosidade aumenta sobre o sul de Minas Gerais, onde estão situadas as nascentes que ajudam a alimentar o Sistema Cantareira, e até podem ocorrer chuviscos – insuficientes para resolver o problema da crise hídrica.
Com o calor e a estiagem prolongada a população do interior também vem enfrentando desconfortos. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros indicaram ontem temperaturas acima de 40 °C em seis cidades paulistas: Valparaíso (40,6°C), Lins (40,5°C), Barretos (40,3°C), Pradópolis (40,2°C); Barra Bonita (40,1°C) e José Bonifácio (40°C) .
Em Franca e São Simão, na região de Ribeirão Preto, nunca havia feito tanto calor como ontem quando foram registrados os maiores níveis dos últimos 53 anos. As máximas atingiram 39,5°C em São Simão e 36,2 °C em Franca. Na capital paulista a máxima ontem ficou em 30,8°C ante 35,9°C, na última segunda-feira (13).