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Bancários aceitam proposta e encerram greve

A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta segunda-feira, dia 6. O acordo prevê 8,5% de reajuste salarial na data-base (1º de setembro), com aumento real (acima da inflação) de 2,02%

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Assembleia deliberou pela aceitação da proposta obtida depois da greve de uma semana dos bancários

São Paulo – Os bancários na base do sindicato de São Paulo, Osasco e região aprovaram a proposta apresentada sexta-feira, dia 3, pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e puseram fim à greve da categoria, que durou uma semana.

A decisão foi tomada em assembleia realizada no final da tarde desta segunda-feira, dia 6. O acordo prevê 8,5% de reajuste salarial na data-base (1º de setembro), com aumento real (acima da inflação) de 2,02%. Já os pisos serão corrigidos em 9%, o que inclui ganho real de 2,49%.

Itens como o auxílio-refeição e auxílio-cesta alimentação têm reajustes maiores (12,2%, com 5,5% de aumento real). No primeiro caso, por exemplo, o tíquete diário vai a R$ 26. A cesta mensal, que inclui uma 13ª, chega a R$ 431,13.

Os pisos de portaria sobem para R$ 1.143,32 (admissão) e R$ 1.252,38 (após 90 dias). Para escritório, os valores vão a R$ 1.638,62 e R$ 1.796,45, respectivamente. Para caixa e tesouraria, chegam a R$ 2.066,57 e R$ 2.426,76.

A regra básica para o pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR) prevê 90% do salário mais R$ 1.837,99, limitado a R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, vai a 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lembrou ainda que as empresas incluirão na convenção coletiva um compromisso no sentido de que “o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”. Para a entidade, é mais um passo no combate a metas consideradas abusivas no setor, que provocam doenças e afastamento de funcionários. Os dias parados serão compensados.

“Em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição”, avaliou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. “Também conquistamos cláusula contra metas na convenção coletiva, e o sindicato vai cobrar de cada banco avanços em relação a isso.”

Também foram aprovados acordos específicos para bancos públicos. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, deverá ser aplicado aumento de 9% em toda a tabela salarial. No Banco do Brasil, a proposta inclui reajuste de 9% no piso e na carreira da antiguidade e de 8,5% no valor de referência.

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