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Eleições 2014

Resultado da eleição é de interesse direto da categoria

Para Terto, ser omisso em um momento importante como esse significa falta de compromisso com a categoria e com a classe trabalhadora

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Ademilson Terto: O bom dirigente sindical, da CUT, é um militante social, antes de tudo

Com certa frequência, os metalúrgicos perguntam aos dirigentes sindicais porque eles se envolvem publicamente no processo eleitoral para escolha dos governantes e dos legisladores na cidade, no estado e no País. “Porque somos um Sindicato Cidadão e porque o resultado das eleições interfere diretamente no futuro do metalúrgico, tanto na fábrica quanto na sociedade”, responde o presidente do Sindicato, Ademilson Terto da Silva.

Para Terto, ser omisso em um momento importante como esse significa falta de compromisso com a categoria e com a classe trabalhadora. “O bom dirigente sindical, da CUT, é um militante social, antes de tudo. Ele defende uma sociedade mais justa e fraterna ao mesmo tempo em que luta por avanços trabalhistas”, explica.

Mais empregos

Em relação ao atual cenário brasileiro, comparado com o passado recente, Terto destaca a defesa de avanços históricos que estão em jogo nestas eleições. “Em menos de 12 anos, saímos do desemprego em massa para a geração de 21 milhões de empregos com carteira assinada no País.

Na região de Sorocaba, antes de Lula e Dilma, somávamos 20 mil metalúrgicos na categoria. Hoje somos 45 mil e continuamos crescendo em quase todos os segmentos do ramo”.

É inegável que, até a década de 90, cursar uma faculdade ou universidade era um luxo quase inalcançável para o filho do operário. “Hoje filho de peão vira doutor. O próprio trabalhador tem mais chances de estudar e progredir na vida. O Prouni e o Fies possibilitaram esse avanço. Em Sorocaba, passamos a contar com a UFSCar, o IFSP e os cursos de qualificação do Pronatec, entre outras instituições federais”, defende o dirigente.

Leis trabalhistas

Terto também afirma que das eleições dependem a manutenção e os avanços na legislação trabalhista. “Quem é um pouco mais velho, na casa dos 35 ou 40 anos, deve se lembrar as muitas vezes em que os representantes políticos patronais tentaram eliminar direitos dos trabalhadores”, ressalta.

Para Terto, até hoje os políticos ligados aos empresários tentam flexibilizar as relações de trabalho e cita o projeto de ampliação da terceirização, por exemplo. “Eles só não conseguiram eliminar direitos nos últimos anos porque o governo federal tem compromisso com os trabalhadores e porque temos uma bancada de parlamentares muito atuante e combativa. Por isso o voto, inclusive nos deputados, é tão importante”.

O dirigente sindical deve superar o corporativismo e defender benefícios além de sua própria categoria profissional. “Nesse sentido, o combate à fome é um dos exemplos de avanços conquistados nos últimos anos. Nada menos que 36 milhões de brasileiros saíram da miséria nos governos Lula e Dilma”, afirma Terto.

Desafios para a região

O dirigente do SMetal também afirma que as lideranças sindicais e sociais têm o direito e o dever de se posicionar em questões relativas ao desenvolvimento regional. “Depois de 9 anos de luta, agora temos finalmente a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS)”.

“A RMS deverá proporcionar melhoria da qualidade de vida em 26 cidades da nossa região. Mas para ser colocada em prática de forma que beneficie todos os cidadãos – e não apenas as questões econômicas – os eleitores precisam depositar confiança nos candidatos e candidatas a deputado que tenham sensibilidade social”, alerta Terto.

Diante de todos esses fatores que estão em jogo, “que tipo de liderança a gente seria se não tomasse partido, se não escolhesse um lado nessa disputa eleitoral?”, questiona.

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