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Crescimento

Produção mundial de aço inox deve crescer até 12% em 2010

No primeiro trimestre do ano, foi registrada alta anualizada de 57,4% em relação aos três primeiros meses de 2009.

Valor Econômico

A expectativa do Fórum Internacional de Aço Inoxidável (ISSF) é de que a produção de aço inox cresça de 11% a 12% em 2010. No primeiro trimestre do ano, foi registrada alta anualizada de 57,4% em relação aos três primeiros meses de 2009.

No entanto, esse patamar de crescimento não deverá ser mantido, já que a base de comparação era muito baixa. A produção no primeiro trimestre de 2009 foi a mais baixa da década, devido aos efeitos da recessão global, seguido de uma forte desestocagem.

A produção no primeiro trimestre desse ano foi de 7,472 milhões de toneladas métricas, com crescimento de 11,5% em relação ao quarto trimestre de 2009. O volume foi o mais alto já registrado para os três primeiros meses de um ano.

O secretário-geral do ISSF, Pascal Payet-Gaspard, disse que a confiança do consumidor no mundo ainda não se recuperou aos níveis anteriores à crise. Como o negócio de aço inoxidável é diretamente dependente da indústria de consumo, a expectativa é de que o consumo de 2010 não chegue ao patamar de 2008.

“Apesar da recuperação da indústria automotiva e do crescimento do setor de construção, que ainda é lento, vemos que não haverá recuperação para os níveis anteriores à crise”, disse Gaspard. Para ele, o nível de consumo anterior à crise somente será atingido no final de 2011.

A demanda real por aço inoxidável apresentou queda de 12,4% em 2009. Este ano, deve haver alta de 7,5%, de acordo com as projeções do ISSF. E, em 2011, a expectativa é de que haja avanço de 7,8%.

A demanda das Américas, que caiu 24,8% no ano passado devido à crise, deve subir 6,2% este ano e 12,2% em 2011. Já a demanda asiática, que teve retração de 12,5% em 2009, deve apresentar alta de 9,7% este ano e de 6,1% no próximo ano.

No entanto, o aumento da demanda não deverá ter impacto nos preços no mercado internacional, já que a precificação de aço inoxidável, de acordo com o presidente do ISSF, Rafael Naranjo, é feita por um preço-base, discutido diretamente com os clientes, mais as ligas, baseadas nas negociações da Bolsa de Metais de Londres (LME).

“O preço na LME é estabelecido pelo fluxo financeiro, que chega a 30 vezes o consumido no mundo em um ano”, disse Naranjo. Devido às negociações na Bolsa, ele acredita que a greve dos funcionários da Vale Inco, no Canadá, que chega a quase um ano, não teve impacto nos preços de aço inoxidável. “A greve da Vale Inco não está nos afetando”.

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