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Prefeitura, Câmara e Sindicato tentam manter Gerdau em Sorocaba

O secretário municipal de Desenvolvimento, Geraldo Almeida, colocou a Prefeitura à disposição da Gerdau para procurar um novo local para a fábrica, que hoje funciona na Rua Padre Madureira

Imprensa SMetal
Foguinho /Imprensa SMetal
Ademilson Terto (esq.), Geraldo Almeida, Izídio de Brito e Gervino Gonçalvez (Cláudio do Sorocaba 1)

Ademilson Terto (esq.), Geraldo Almeida, Izídio de Brito e Gervino Gonçalvez (Cláudio do Sorocaba 1)

O secretário municipal de Desenvolvimento, Geraldo Almeida, colocou a Prefeitura à disposição da Gerdau para procurar um novo local para a fábrica, que hoje funciona na Rua Padre Madureira, próxima à região central.

Já o presidente da Câmara, Cláudio do Sorocaba I (PR), afirmou que o legislativo poderá votar com urgência projetos do Paço que representem a manutenção dos empregos.

O presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva, prontificou-se a colaborar com esses projetos e incentivar a qualificação profissional.

Direção nacional

O gerente de relações de trabalho da Gerdau, Carlos Panzera, afirmou que vai levar o pedido das instituições sorocabanas à direção nacional da empresa. Além de Panzera, representaram a fábrica Rodrigo Oliveira, chefe de recursos humanos; e Odenir Augusto Oliveira, consultor de relações do trabalho.

O vereador Izídio de Brito (PT), presente à reunião, reforçou o pedido para que a empresa trate com atenção essa união de instituições locais na luta pela permanência da empresa. “Hoje há uma sinergia entre a Prefeitura, a Câmara e o Sindicato na defesa dos empregos. Agora esperamos boa vontade por parte da Gerdau”, afirmou o petista.

Região metropolitana

O representante da Prefeitura ressaltou aos empresários que as perspectivas de retorno de investimentos locais devem a aumentar agora que Sorocaba é sede de uma região metropolitana. “Temos várias fábricas interessadas em se instalar aqui, inclusive duas montadoras que podem ser potenciais clientes da Gerdau”.

Também participaram da reunião Pedro Gimenes, assessor técnico da prefeitura; Clodoaldo Lisboa, dirigente sindical e funcionário da Gerdau; e Gleydson Silva, funcionário da Gerdau em Sorocaba.

HISTÓRICO DA SIDERÚRGICA EM SOROCABA

A trajetória da siderúrgica que hoje leva o nome da Gerdau – e à qual ela quer levar embora
da cidade – faz parte do patrimônio histórico da industrialização de Sorocaba. Confira.

Em abril de 1917 Luiz Pinto Thomaz funda uma pequena fábrica de enxadas na Rua XV de Novembro, Centro de Sorocaba. Em pouco tempo as enxadas Zap, da metalúrgica Nossa Senhora Aparecida, em Sorocaba, tornaram-se famosas em várias regiões do estado.

Com o sucesso das enxadas, no início da década de 1940, a empresa adquiriu uma área de 240 mil metros quadrados, então distante do Centro da cidade, para instalar a nova fábrica de ferramentas agrícolas.

Poucos anos depois, a Nossa Senhora Aparecida instalou seu primeiro forno de produzir aço e dois trens laminadores. A partir daí, a fábrica passou a ser uma das grandes empregadoras da cidade.

Em 1974, com a inauguração do 4º forno de produzir aço, do 4º trem laminador e do conjunto de fornos para tratamento térmico, a fábrica passou a se chamar Siderúrgica Nossa Senhora Aparecida. Tornou-se então o emprego dos sonhos de milhares de sorocabanos e moradores da região.

A expansão da siderúrgica em Sorocaba, aliada a uma campanha municipal pela industrialização da cidade, atraiu muitas metalúrgica para a cidade e para a região na década de 1970.

Na década de 1980 a siderúrgica continuou crescendo e adquirindo novos equipamentos, tornando uma referência em aços especiais em todo o País.

Em junho de 1988 o Grupo Villares comprou o controle acionário da Nossa Senhora Aparecida, que passou a se chamar Aços Ipanema Villares. Logo depois, simplesmente Aços Villares SA.

Em 1994, já sob forte pressão imobiliária, a Villares transferiu o setor de Aciaria para a unidade de Sumaré. A partir daí, a fábrica local começou a perder sua condição de uma das maiores empregadoras da cidade; embora continuasse reconhecida como muito importante para a economia local.

Em agosto de 2000 a Villares foi adquirida pelo grupo espanhol Sidenor. Em 2003 a Sidenor/Villares transferiu as atividades do Trem Desbastador nº 5 de Sorocaba para Sumaré.

Em março de 2004 o grupo Sidenor vendeu o controle acionário da Villares Metals para o grupo austríaco Bhöler.

Esse novo grupo investiu na unidade local e, em 2005, inaugurou linhas mecanizadas de acabamento de perfis especiais. O principal cliente desse produto era o setor automotivo.

Em 2009, o Grupo Gerdau assumiu o controle acionário da Villares e anunciou à imprensa R$ 52 milhões em investimentos na unidade de aços especiais em Sorocaba. Ao mesmo tempo em que dava a boa notícia à sociedade, propunha internamente a suspensão de contrato para parte dos funcionários, alegando queda na produção.

Três anos antes, em 2006, a Gerdau inaugurava sua 30ª usina siderúrgica, em Araçariguama, município vizinho de Sorocaba. A unidade de Araçariguama é especializada em aço para a construção civil.

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