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Palavra da Diretoria – O porquê das assembleias

Todo ano é a mesma coisa. Os empresários dificultam ao máximo as negociações salariais. Mas em ano eleitoral essa tendência do empresariado sempre piora

Imprensa SMetal

Todo ano é a mesma coisa. Os empresários dificultam ao máximo as negociações salariais. Mas em ano eleitoral essa tendência do empresariado sempre piora. Até porque, as previsões econômicas quase sempre negativas ou irregulares dão sustentação para enrolações nas mesas de negociação. Sempre foi assim.

Para a maioria dos representantes empresariais, a economia nunca está bem, a produção está sempre desaquecida ou abaixo do nível planejado, etc. Mesmo nos anos em que os números desmentiam nitidamente a choradeira, como nos recordes de produção e vendas de 2008 e 2010, o setor patronal dizia que não podia valorizar os salários porque esses recursos fariam falta para investimentos futuros, que possivelmente fariam a fábrica crescer e gerar mais empregos.

Ainda assim, os metalúrgicos estão entre as categorias profissionais que mais conquistaram aumentos reais, acima da inflação, especialmente nos últimos 12 anos.
Embora os indicativos econômicos de hoje não sejam tão favoráveis como no ano passado, não é hora da categoria parar de lutar por valorização salarial e outros avanços.

Vale lembrar que, na crise mundial de 2009, as previsões de futuro da economia brasileira eram catastróficas. Os adversários do PT e do então presidente Lula se apressaram em dizer que o Brasil iria entrar em recessão, que iria haver desemprego em massa.

Os porta-vozes da oposição ao PT chegaram a dizer que o
País iria reviver os tenebrosos tempos de instabilidade econômica das décadas de 80 e 90.

No fim, Lula incentivou o consumo e o mercado internos, o Brasil foi um dos países menos afetados pela crise internacional e voltou a crescer em poucos meses. Essa mesma crise, da qual o Brasil saiu quase ileso, foi responsável por quase desmontar a economia europeia e abalar o poderoso mercado norte-
americano.

Embora o Sindicato esteja aberto ao diálogo sobre como superar eventuais dificuldades comprovadas de algumas empresas, essa conversa não passa pelo achatamento salarial. Muito menos durante a campanha salarial anual da categoria.

Aliás, o Sindicato defende que a valorização salarial ajuda a aquecer a economia, dando retorno positivo ao próprio empresariado menos imediatista e conservador, visto que o consumo aumenta as vendas e, consequentemente, a produção.

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) pensa da mesma forma e por isso tem insistido na reposição integral da inflação e no aumento real durante as negociações com as bancadas patronais.

Mas a FEM precisa do nosso apoio para vencer essa
batalha. Não basta ter bons argumentos na mesa de negociações, é preciso ter uma categoria forte e unida, que dê respaldo à bancada dos trabalhadores, que faça os representantes patronais tratarem nossas reivindicações com o devido respeito e com a agilidade necessária.

Essa é a razão do Sindicato vir realizando as assembleias de mobilização nas fábricas nas últimas semanas. É por isso também que o SMetal convida a todos para participar da plenária sobre a campanha salarial neste sábado, às 9h, na sede de Sorocaba.

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