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Metalúrgicos da Martins param a produção em apoio a demitidos

Os metalúrgicos da Martins e Martins pararam a produção na manhã desta quarta-feira, dia 4, em protesto contra o atraso no pagamento da rescisão de contrato de cerca de 300 ex-companheiros de trabalho

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Os funcionários pararam a produção da empresa em solidariedade aos companheiros de trabalho que tiveram atraso de pagamento da rescisão de contrato

Os funcionários pararam a produção da empresa em solidariedade aos companheiros de trabalho que tiveram atraso de pagamento da rescisão de contrato

Os metalúrgicos da Martins e Martins pararam a produção na manhã de hoje em protesto contra o atraso no pagamento da rescisão de contrato de cerca de 300 ex-companheiros de trabalho demitidos no final do ano passado. Tanto funcionários quanto ex-funcionários estão reunidos em frente à fábrica à espera de uma solução por parte da empresa. O movimento é liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

“A paralisação de quem está trabalhando é uma demonstração de solidariedade para com os ex-funcionários, que estão passando por necessidades devido aos atrasos de pagamento das parcelas”, afirma Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho, diretor do Sindicato.

As demissões aconteceram em dezembro de 2013. A empresa alegou que a causa das dispensas foi o fim da produção da Kombi e do Gol G4, ambos da Volkswagen, que estavam entre os principais modelos abastecidos com peças da Martins e Martins.

Ainda sob a alegação de queda nos pedidos para esses veículos, a empresa parcelou as rescisões de contrato em 5 ou 10 parcelas, dependendo do valor a ser recebido pelo ex-funcionários. Porém, em março deste ano a Martins parou de pagar as prestações aos trabalhadores.

Alegação da empresa

A Martins afirma ao Sindicato que o atraso nas parcelas se deve a uma dívida não paga que a Volks tem com ela. O pagamento dessa dívida geraria, de imediato, um fluxo de caixa de R$ 400 mil.

“O fato é que os trabalhadores não têm culpa por essas pendências entre a Martins e a Volks. Muitos ex-funcionários estão com as contas atrasadas, inclusive aluguel. Alguns já estão com nome no SPC porque a fábrica não cumpriu a parte dela no acordo”, explica Valdeci.
Os metalúrgicos planejam realizar, amanhã, dia 5, de manhã, uma passeata entre a empresa e o centro de Araçariguama. O objetivo é chamar atenção da comunidade para os problemas pelos quais os ex-funcionários vêm passando.

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