Vereadores membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) realizaram diligências em três locais na manhã de hoje, para utilizá-las como subsídio à próxima oitiva da CPI, que ouvirá o ex-prefeito Vitor Lippi, nesta quinta-feira (22), às 14h, no plenário da Câmara. As investigações foram feitas pelo presidente da Comissão, Carlos Leite (PT); o relator, Pastor Apolo (PSB); e assessores do vereador Izídio de Brito (PT), integrante da CPI.
Dentre as três áreas investigadas, a primeira fica no Parque São Bento II, onde estaria sendo jogado esgoto in natura no Rio Sorocaba, o que foi identificado pelos vereadores, porém, em pequena quantidade. O segundo espaço localiza-se no Jardim Baronesa, no qual há um vazamento em uma caixa d’água – próxima a um reservatório do Saae. O líquido cai diretamente em um córrego e, estima-se que haja desperdício de cerca de 2 mil litros. O terceiro lugar é em uma das estações de tratamento de água da autarquia, a ETA Cerrado, localizada na avenida General Carneiro. Lá, os parlamentares identificaram dois problemas: um cano impede que uma bomba devolva água desperdiçada de volta para um dos tanques; e a água utilizada para lavar os tanques (que contém lodo) estaria sendo jogada direto no córrego da Água Vermelha.
Saae afirma estar ciente dos problemas
As irregularidades apuradas pelos vereadores serão anexadas em relatório da CPI, que foi instaurada em fevereiro deste ano. Para a sétima oitiva, que ocorrerá amanhã, há possibilidade de depoimento do ex-diretor do Saae, Pedro Dal Pian.
Sobre o problema no Parque São Bento, o Saae afirma que trata-se de esgoto proveniente de duas ruas do Parque São Bento 2, que por não possuírem cota suficiente não podem ser interligadas ao sistema existente de coleta e afastamento de esgoto. Por esse motivo, existe a necessidade de implantação de uma Estação Elevatória de Esgoto (bombeamento), que está na etapa de execução de projeto para a sua implantação e consequente eliminação do despejo.
A respeito do vazamento no Centro de Distribuição Barão, a autarquia informou que está realizando licitação para contratar empresa de engenharia especializada para a correção e eliminação. “É o Processo Administrativo 156/2014, que prevê intervenções estimadas em R$ 53 mil e prazo de 30 dias para a conclusão, a partir da assinatura do contrato. A autarquia realiza inspeções constantes em todos os seus reservatórios e as manutenções são executadas assim que problemas são detectados. No caso do CD de Vila Barão, houve a necessidade de abertura de licitação, visto que se trata de intervenção complexa e que exige contratação de empresa especializada”, declarou.