Os trabalhadores da Forte Metal, em Sorocaba, pararam a produção por volta das 12h desta quinta-feira, dia 3, porque a empresa aumentou em 40% o desconto do convênio médico dos funcionários. Até às 15h de hoje a direção da fábrica ainda não havia iniciado negociações com o Sindicato e os trabalhadores continuavam em greve.
Segundo o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos, Joselito Mansinho, que está na porta de fábrica com os trabalhadores, cada funcionário paga em média R$ 60 de convênio médico e não há justificativa para um reajuste de 40%.
“Os trabalhadores ficaram revoltados com o desconto elevado, que não foi negociado pela empresa com o Sindicato, e resolveram parar a produção em protesto contra a imposição do aumento”, afirma Mansinho.
O Sindicato tentou abrir negociações com a Forte Metal logo após o início do protesto, mas a empresa alegou que só poderia marcar reunião para a próxima quarta-feira e, ainda sim, somente se os funcionários voltassem ao trabalho imediatamente. Os trabalhadores rejeitaram as condições anunciadas pela empresa e mantiveram a paralisação.
Estruturas metálicas
A Forte Metal produz estruturas metálicas e tem três plantas em Sorocaba, uma em Brigadeiro Tobias e duas na zona industrial. O protesto acontece na unidade próxima à Moto Peças e que tem cerca de 200 funcionários.
A empresa foi enquadrada como metalúrgica em junho de 2013, após dois anos de processo judicial que questionava o fato de ela ter passado anos operando como uma empresa do setor de construção civil.
Antes de se tornar metalúrgica, a Forte Metal foi notícia nos veículos locais de imprensa devido um acidente de trabalho que matou dois operários em março de 2013. Eles faziam manutenção de uma ponte rolante e caíram de uma altura de 8 metros. No mês seguinte, outro acidente, desta vez com uma esmerilhadeira, feriu um funcionário.