Antes de se tornar obrigatória a fluoretação das águas de abastecimento público no Brasil, em 1974, o município de Sorocaba, por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), já realizava o procedimento desde 1973. São, portanto, 40 anos dessa iniciativa pioneira em Sorocaba, importante para a redução do índice de cárie dental em cerca de 60%.
A cirurgiã-dentista Érica Helena Sgroi Martinez, pertencente ao quadro de servidores da autarquia, desenvolveu uma pesquisa para a elaboração do seu trabalho de conclusão de curso de especialização em Saúde Coletiva, sobre o custo da fluoretação em nosso município.
Esse trabalho foi publicado recentemente na Revista Gaúcha de Odontologia e por meio dele se concluiu que a medida é comprovadamente eficaz e de baixo custo.
De acordo com Érica, “o flúor tem uma ação preventiva e terapêutica e a constância da sua utilização nas águas de abastecimento público se mostra importante quando permanece na cavidade bucal, pois exerce uma função tópica na superfície dental, aumentando e favorecendo a remineralização de lesões iniciais de cárie, não oferecendo resistência permanente à cárie, uma vez que as pessoas privadas da exposição ao flúor voltam a ter as mesmas chances de desenvolver cárie dental que aquelas que nunca foram expostas”.
Diariamente, o Saae/Sorocaba faz a aplicação e dosagem de aproximadamente 800 quilos de flúor na água que é tratada e distribuída à população, totalizando 300 toneladas ao ano, num investimento de R$ 225 mil.