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Mercado de trabalho tem início de ano com saldo positivo

Segundo relatório do economista Fernando Lima, da subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, em janeiro foram registrados 830 novos postos de trabalho nas indústrias da cidade

Imprensa SMetal

O primeiro mês de 2014 foi positivo para o mercado de trabalho do setor metalúrgico na região de Sorocaba. Segundo relatório do economista Fernando Lima, da subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, em janeiro foram registrados 830 novos postos de trabalho nas indústrias da cidade. O número é maior que o do mesmo período de 2013, em que 137 vagas foram abertas, e supera dezembro do ano passado, quando houve o fechamento de 301 postos.

De acordo com Fernando Lima, o número tem como base os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, referente aos 14 municípios que formam a base do Sindicato. Em janeiro, enquanto 2.018 trabalhadores foram admitidos, 1.188 foram desligados, determinando o saldo positivo de contratações na região.

No resultado por cidades, Sorocaba lidera a lista com 831 novos postos de trabalho, seguida por Itapetininga (18), Iperó (14), São Roque (7), Piedade (4), Araçoiaba da Serra (3), Sarapuí e Votorantim (1). Ibiúna e Pilar do Sul tiveram resultado neutro (0), enquanto São Miguel Arcanjo (-1), Salto de Pirapora (-4) e Araçariguama (-44) ficaram com saldo negativo.

Dentre os subsetores metalúrgicos, a fabricação de periféricos para equipamentos de informática foi a que teve o maior saldo positivo, com 977 novos postos. Já a fabricação de máquinas e equipamentos para terraplenagem, pavimentação e construção (exceto tratores), por outro lado, encerrou o mês com o saldo negativo de 247 vagas a menos.

Em relação à ocupação dentro de cada subsetor, a que mais contratou neste início de ano foi a de montadores de equipamentos eletroeletrônicos, com 1.006 empregados admitidos, e a que mais demitiu foram a de trabalhadores de soldagem e corte de metais e compósitos e a de alimentadores de linhas de produção, com 102 demissões cada.

Para o economista, esses números refletem a realidade de mercado de trabalho no Brasil. “O que a gente percebe é que Sorocaba acompanha as tendências do mercado nacional. Se o Brasil vai bem, a cidade também vai bem”, afirma.

Por isso, acrescenta Fernando Lima, a tendência é que no próximo mês o saldo se mantenha positivo. “Vai depender dos mercados automobilístico e da manutenção do ritmo de produção das empresas da cadeia da construção civil, além do reaquecimento dos pedidos da Petrobrás por equipamentos industriais que afetam diretamente algumas empresas da nossa região que estão com capacidade ociosa.”

Média de Salários

A pesquisa do Dieese também apontou que a média da remuneração dos trabalhadores admitidos é 35,9% menor do que em relação à média dos trabalhadores demitidos, que são de R$ 1.531,40 e R$ 2.389, respectivamente. Sobre essa questão, Fernando Lima explica a diferença por conta do tempo de serviço dos demitidos, mas com ressalvas. “Normalmente, os que são desligados já possuem uma carreira dentro da empresa e que justifica o salário mais elevado. Porém, a diferença é considerável e por isso necessita ser questionada e monitorada pelos trabalhadores”, conclui.

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