Ainda nos anos de 1970, dirigentes sindicais e lideranças populares que enfrentavam a ditadura militar, a censura na mídia e a absoluta falta de justiça social ensinavam: “Quem lê mais, luta melhor”. Esses dizeres constavam em livros e boletins distribuídos pela esquerda brasileira às vezes de forma clandestina, pois ao governo vigente e ao empresariado da época, a defesa da livre informação e da liberdade de opinião eram atitudes subversivas e, por isso, deveriam ser reprimidas e punidas.
Passados mais de 30 anos, as novas tecnologias de informação proporcionaram oportunidades de acúmulo de conhecimento impensáveis até poucos anos atrás. A imensa maioria dos brasileiros tem acesso a várias e diversificadas formas de comunicação.
A internet é uma poderosa ferramenta de comunicação já consolidada. A maioria dos seus usuários aprendeu inclusive a “separar o joio do trigo”, confiando apenas em sites responsáveis, que tenham credibilidade e conteúdo assinado.
Até poucos anos atrás, informações obscuras divulgadas por sites suspeitos, bem como correntes de e-mails, de origem desconhecida, facilmente causavam transtornos e até princípios de pânico em parte da população devido a boatos e comunicados mentirosos.
Já as redes sociais, também um meio poderoso e democrático de comunicação, passam pela mesma avaliação de credibilidade, na origem das notícias, que os sites e blogs passaram alguns anos atrás.
Na prática, em muitos casos, os sites atuam como geradores de noticiário, juntamente com os jornais impressos, TVs e rádios. As fanpages das redes sociais auxiliam na difusão dessas notícias. Já os perfis pessoais e grupos sociais, especialmente do Facebook, em geral têm um caráter mais agitativo e organizacional.
Quanto aos veículos tradicionais de informação, como livros, jornais, telejornais e jornais radiofônicos, a “morte” deles já foi decretada por especialistas muitas vezes nas últimas décadas. Mas não foi o que aconteceu. Cada veículo passou a atender a um perfil de consumidor de comunicação. Os fluxos de informação se somaram para atingir camadas cada vez maiores e diversificadas da população.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, ciente dessas transformações e da necessidade de atender aos novos perfis de trabalhadores, não parou no tempo. Há décadas a entidade investe na comunicação com a categoria e com a sociedade.
O recorde de acesso na página SMetal da internet, que teve mais de 44 mil visitas em um mês, é apenas uma evidência dessa credibilidade que vêm sendo conquistada. A Folha Metalúrgica impressa, com seus 44 mil exemplares semanais, é outra prova desse empenho.
Agradecemos a todos os nossos leitores e contamos com suas sugestões para melhorar ainda mais. Afinal de contas, nosso papel é organizar os trabalhadores e liderá-los em suas lutas. E como foi dito no início deste texto, “Quem lê mais [ou se informa mais por fontes confiáveis], luta melhor”.