Apesar da grande adesão de bancários em greve em todo o país, cobrando dos bancos a retomada das negociações e uma proposta que contemple as reivindicações da categoria, a federação dos bancos ainda não se manifestou.
As principais reivindicações dos bancários, em greve há nove dias, são aumento real para salários, piso, vales, auxílios e a PLR.
No final da tarde desta quinta-feira, dia 26, o Comando Nacional dos Bancários realizou reunião, mas nenhum contato foi feito pelos bancos. “Enviamos carta à Fenaban reiterando a disposição de negociar e aguardamos que retomem a mesa de debate”, informa a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “Mas a greve está forte em todo o país e, ao lado dos bancários, os sindicatos vão fortalecê-la cada vez mais até que os banqueiros se mexam”, acrescenta.
A rodada de negociação mais recente foi realizada no dia 5 de setembro, quando a Fenaban apresentou a proposta de 6,1%, sem aumento real. Os bancos receberam comunicado oficial do Comando Nacional dos Bancários e o aviso da greve definida pelos trabalhadores em assembleia no dia 12 de setembro. Nas instituições financeiras públicas as negociações também estão paralisadas, sem qualquer avanço.
Segundo dados do Banco central, o setor lucrou R$ 59,7 bi entre junho de 2012/2013. “Os bancários são os responsáveis por esse fantástico resultado e os banqueiros estão recusando esse reconhecimento. Os trabalhadores querem sua parte e vão continuar na luta”, reforça Juvandia.
Na próxima terça-feira, dia 1º, os bancários de São Paulo, Osasco e região realizam nova assembleia para avaliar e organizar o movimento. A assembleia acontece às 17h na sede do Sindicato, que fica na rua Tabatinguera, 192, Sé.