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Bancos do centro de Sorocaba ficam fechados no primeiro dia de greve

Sem acordo salarial, os bancários iniciaram nesta quinta-feira, dia 19, uma greve nacional por tempo indeterminado para pedir reajuste de 11,93% e participação nos lucros e resultados

Imprensa SMetal
Divulgação
A greve dos bancários, por reajustes salariais, teve início nesta quinta-feira, dia 19, em todo o país

A greve dos bancários, por reajustes salariais, teve início nesta quinta-feira, dia 19, em todo o país

Em Sorocaba, conforme informações publicadas no site do jornal Cruzeiro do Sul, praticamente todas as agências bancárias das ruas São Bento XV de Novembro tiveram suas atividades suspensas nesta quinta-feira, dia 19, no primeiro dia de greve nacional do setor. As áreas com máquinas de autoatendimento das agências, no entanto, funcionam normalmente. A greve é por prazo indeterminado.

A categoria bancária reivindica reajuste de 11,93% e participação nos lucros e resultados. Nas rodadas de negociação, os bancos ofereceram reajuste de 6,1%. Diante do impasse, assembleias realizadas na semana passada em todo o Brasil decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir desta quinta.

Já na capital paulista, a ideia do movimento é paralisar as agências bancárias nos centros administrativos e, a exemplo de anos anteriores. A expectativa do sindicato é que o movimento ganhe força nos próximos dias.

“Há um mês os bancos vêm pressionando seus funcionários para que alcancem suas metas de vendas de produtos ‘antes de a greve começar’. Há mais de um mês estamos negociando uma pauta absolutamente realista e os bancos não nos ouvem. Não há preocupação com a saúde e as condições de trabalho dos funcionários e o reajuste proposto está muito abaixo de outros setores cujos resultados não chegam nem perto do setor financeiro”, explicou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e região, Juvandia Moreira.

De acordo com Juvandia, enquanto as instituições financeiras resistem em melhorar os pisos salariais dos empregados, a renda dos executivos cresce. “Os ganhos dos executivos do Santander, por exemplo, subiram quase 40%.”

Proposta inferior

O Comando Nacional dos Bancários, que representa 500 mil trabalhadores, entregou pauta com as reivindicações no dia 30 de julho e, após quatro rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve proposta satisfatória de reajuste. Os bancos apresentaram 6,1%, o que repõe a inflação dos últimos 12 meses; a categoria cobra, além disso, 5% de aumento real.

Um estudo do Dieese com base nos balanços dos bancos demonstra que os seis maiores obtiveram no primeiro semestre de 2013 uma média de lucro líquido de R$ 62,5 mil por empregado, ante R$ 52,4 mil no mesmo período do ano passado. O aumento foi de 19,4%, resultado quase três vezes superior ao reajuste aplicado aos salários no ano passado, que foi de 7,5%. Em relação aos empregos, os bancos terminaram o primeiro semestre com média de 22,95 empregados por agência, queda de 5% sobre a média de 24,15 em 2012.

Com informações da Rede Brasil Atual e Jornal Cruzeiro do Sul.

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