Em Sorocaba, conforme informações publicadas no site do jornal Cruzeiro do Sul, praticamente todas as agências bancárias das ruas São Bento XV de Novembro tiveram suas atividades suspensas nesta quinta-feira, dia 19, no primeiro dia de greve nacional do setor. As áreas com máquinas de autoatendimento das agências, no entanto, funcionam normalmente. A greve é por prazo indeterminado.
A categoria bancária reivindica reajuste de 11,93% e participação nos lucros e resultados. Nas rodadas de negociação, os bancos ofereceram reajuste de 6,1%. Diante do impasse, assembleias realizadas na semana passada em todo o Brasil decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir desta quinta.
Já na capital paulista, a ideia do movimento é paralisar as agências bancárias nos centros administrativos e, a exemplo de anos anteriores. A expectativa do sindicato é que o movimento ganhe força nos próximos dias.
“Há um mês os bancos vêm pressionando seus funcionários para que alcancem suas metas de vendas de produtos ‘antes de a greve começar’. Há mais de um mês estamos negociando uma pauta absolutamente realista e os bancos não nos ouvem. Não há preocupação com a saúde e as condições de trabalho dos funcionários e o reajuste proposto está muito abaixo de outros setores cujos resultados não chegam nem perto do setor financeiro”, explicou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e região, Juvandia Moreira.
De acordo com Juvandia, enquanto as instituições financeiras resistem em melhorar os pisos salariais dos empregados, a renda dos executivos cresce. “Os ganhos dos executivos do Santander, por exemplo, subiram quase 40%.”
Proposta inferior
O Comando Nacional dos Bancários, que representa 500 mil trabalhadores, entregou pauta com as reivindicações no dia 30 de julho e, após quatro rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve proposta satisfatória de reajuste. Os bancos apresentaram 6,1%, o que repõe a inflação dos últimos 12 meses; a categoria cobra, além disso, 5% de aumento real.
Um estudo do Dieese com base nos balanços dos bancos demonstra que os seis maiores obtiveram no primeiro semestre de 2013 uma média de lucro líquido de R$ 62,5 mil por empregado, ante R$ 52,4 mil no mesmo período do ano passado. O aumento foi de 19,4%, resultado quase três vezes superior ao reajuste aplicado aos salários no ano passado, que foi de 7,5%. Em relação aos empregos, os bancos terminaram o primeiro semestre com média de 22,95 empregados por agência, queda de 5% sobre a média de 24,15 em 2012.
Com informações da Rede Brasil Atual e Jornal Cruzeiro do Sul.