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Negociação

Assembleia decisiva sobre PPR na Toyota fica para sexta

Uma nova rodada de negociações entre empresa e Sindicato adiou a possível paralisação para, pelo menos, até sexta-feira, dia 14

Imprensa SMetal
Aviso de greve foi decidido em assembleia no último sábado

Aviso de greve foi decidido em assembleia no último sábado

Os metalúrgicos da Toyota de Sorocaba já têm respaldo legal para iniciar uma greve por participação nos resultados a partir de amanhã, quinta-feira. Mas uma nova rodada de negociações entre empresa e Sindicato adiou a possível paralisação para, pelo menos, até sexta-feira, dia 14.

Em reunião com sindicalistas nesta quarta, dia 12, que começou às 13h30 e terminou às 21h, a Toyota pediu prazo até a manhã desta quinta para consultar a matriz no Japão e tentar apresentar uma proposta que satisfaça a expectativa dos 1.500 funcionários da montadora.
A conversa com a direção japonesa será iniciada às 7h desta quinta, em videoconferência. A resposta deve ser dada ao Sindicato ainda na quinta.

“Vamos dar este último prazo, de um dia, para a direção da Toyota em Sorocaba atender à justa reivindicação dos trabalhadores. Caso contrário, é greve!”, afirmou Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato, às 22h desta quarta, logo após sair da negociação.

O problema no Programa de Participação nos Resultados (PPR) da Toyota é o valor, que, após várias negociações, não chegou nem à metade daquilo que os trabalhadores consideram o mínimo aceitável.

Menor que autopeça
A montadora japonesa oferece um PPR menor do que as fabricantes de autopeças vêm pagando na região de Sorocaba. No ano passado a participação nessas empresas girou em torno de R$ 5 mil. E as autopeças estão um degrau abaixo da cadeia produtiva do setor automotiva, pois são fornecedoras das fabricantes de veículos.

Os valores das propostas de PPR não são divulgados pelo Sindicato para não prejudicar as negociações e “porque os trabalhadores da fábrica devem ser os primeiros a ter essa informação, durante assembleia”, explica Terto.

Falta de respeito
“Mas tanto os trabalhadores da Toyota em Sorocaba quanto o Sindicato dos Metalúrgicos exigem respeito. Não aceitamos da montadora um PPR (Programa de Participação nos Resultados) equivalente a uma empresa de pequeno porte. Está na hora de revelar que a Toyota não é o mar de rosas que ela divulga na imprensa”, avisa o dirigente.

Para o Sindicato, a produção de veículos em Sorocaba está dentro da meta da empresa [70 mil ano]. “Se o Étios [modelo fabricado na planta sorocabana] tem problemas de vendas por causa de design, concorrência, estratégia de publicidade ou outros fatores, a culpa não é dos funcionários, que trabalham muito, inclusive com muitas horas extras”, ressalta o dirigente sindical.

Plenária decidiu
O Sindicato protocolou aviso de greve na Toyota nesta segunda-feira. A decisão de se preparar para a greve foi tomada durante plenária realizada na sede do Sindicato na manhã de sábado, 8, da qual participaram cerca de 400 trabalhadores da Toyota.

A Toyota em Sorocaba tem cerca de 1.500 funcionários e foi inaugurada em agosto de 2012.
O Sindicato pede que todos os trabalhadores se preparem para a assembleia decisiva desta sexta: acordo ou greve.

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