Em São Paulo, os trabalhadores da saúde e da educação estão em greve. O conjunto do funcionalismo pressiona o governo estadual (PSDB) a responder às reivindicações comuns a todos os segmentos profissionais do Estado. As categorias exigem que o governo estabeleça negociação coletiva com as entidades representativas, reponha as perdas salariais, reajuste os salários, aumente o ticket alimentação para todos, acabe com as terceirizações e contratações precárias. Os sindicatos criticam a gestão tucana e afirmam que a data-base dos trabalhadores deveria ter sido em março.
Professores – A intransigência e a arrogância do Secretário da Educação levaram os 18 mil professores presentes na última sexta-feira, 3, a aprovar a continuidade da greve. Os professores aprovaram um calendário de mobilizações, que prevê uma nova assembleia para hoje (10), a partir das 14 horas, no vão Livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, nº 1578.
Principais reivindicações na educação
Aumento real de salário;
Reposição salarial de 36,74% e recomposição do reajuste referente ao ano de 2012;
Reajuste imediato de 13,5%, sendo: 2% já propostos pelo Governo, mais 6% já previstos na LC 1143/2011, mais 5% referentes à recomposição do reajuste anunciado para julho de 2012;
Cumprimento da jornada estabelecida pela Lei do Piso: no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas;
Extensão das condições funcionais dos professores da Categoria F aos professores da Categoria O;
Não à privatização do Hospital do Servidor Público Estadual e do IAMSPE.
Concursos públicos para que todos possam efetivar-se;
Direito de atendimento no IAMSPE para os professores da Categoria “O”;
Fim da remoção ex officio e da designação de professores das Escolas de Tempo Integral;
Regime de dedicação exclusiva para todos aos que se dedicam a apenas uma unidade escolar, por opção de cada professor(a);
Revogação da lei 1044/08 (lei das faltas médicas);
Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção do adoecimento dos professores;
Fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial;
Fim das “provinhas” e avaliações excludentes;
Por um plano de carreira que atenda às necessidades do magistério;
Servidores da saúde
De braços cruzados, os trabalhadores da área da saúde estão parados desde a última quarta-feira (1º) em São Paulo. A próxima assembleia está marcada para esta sexta-feira (10) na Quadra dos Bancários, à rua Tabatinguera, 192 – próximo ao metrô Sé. Eles reivindicam 32,2% de reposição das perdas salariais de 2008 a 2012; vale refeição de R$ 26,22 e prêmio de incentivo igual para todos e transparência no uso da verba Fundes.
Para o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde), filiado à CUT/SP, é preciso investir na valorização dos trabalhadores (as). “Isso significa ampliar o acesso, a qualidade e a humanização dos serviços”, aponta a entidade.