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“O esporte é um amor que não consigo ficar sem”, relata atleta PCD da ASDA

Entidade é apoiada pelo SMetal, que reafirma seu compromisso social neste Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

A lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005, estabeleceu a data com o objetivo de conscientizar sobre a inclusão das pessoas com deficiência (PcD) e estimular o respeito a esses corpos.

O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado neste sábado, 21, é uma oportunidade para resgatar o compromisso social do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), que apoia a Associação Sorocaba para Desporto de Amputados (ASDA) desde seu início.

Atualmente, a ASDA conta com mais de 100 atletas, em sua maioria jovens, que participam de treinamentos e competições em modalidades esportivas, como futebol e vôlei adaptados, em busca de inclusão e acessibilidade no esporte. Os treinos promovem a reabilitação, integração e desenvolvimento pessoal.

Uma das atletas dos times de vôlei e futebol femininos, Hetieli Alvarenga dos Santos, conta que a Associação transformou sua vida. Ela sofreu um acidente quando tinha 14 anos de idade.

Hoje, aos 29 anos, relata que o esporte mudou sua vida e a forma de encará-la. “É um amor que não consigo ficar sem”, conta a jovem atleta, que contesta o machismo ainda vivido pelas mulheres no ambiente esportivo. “Ouvimos muita piadinha, mas a gente tem que se impor e mostrar que estamos no mesmo nível que eles”, completa.

Hatieli diz que se emocionou ao ver os atletas paralímpicos durante as Paralimpíadas realizadas na França neste ano. Neste domingo, 22, também comemora-se o Dia do Atleta Paralímpico. “Foi uma grande emoção, ganhamos em vários esportes que eu gosto de acompanhar. Fiquei arrepiada!”, afirma a atleta.

Atletas da ASDA foram convocados para as seleções brasileiras de futebol feminino e masculino e devem competir nas Copas do Mundo das modalidades. 

Reprodução

Hatieli é atleta da ASDA e treina nos times de futebol, vôlei e atletismo adaptados.

Realizando sonhos

O presidente do SMetal, Leandro Soares, explica que o conceito de Sindicato Cidadão envolve a compreensão de que é necessário lutar junto à classe trabalhadora de diversas categorias profissionais, que possuem demandas também diversas.

“Nosso apoio à ASDA tem o objetivo de promover condições para que esses companheiros possam resgatar o protagonismo de sua própria vida, que vai para além de um acidente. O esporte salva vidas”, afirma o presidente.

O presidente da ASDA, Adilson Nunes (Dinho), conta que a entidade já reabilitou mais de 100 PcDs por meio do esporte. Além do futebol e vôlei, a instituição iniciou os treinamentos de modalidades de atletismo, como o lançamento de disco.

“O apoio do SMetal é fundamental, porque combate diretamente a ausência de políticas públicas na cidade voltadas para nós”, afirma Dinho.

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Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

A lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005, estabeleceu a data com o objetivo de conscientizar sobre a inclusão das pessoas com deficiência (PcD) e estimular o respeito a esses corpos.

A escolha da data se deu com base no início da primavera. Com isso, tal como a estação do ano em que ocorre o surgimento das flores, a data simboliza o nascimento das reivindicações em prol da igualdade e dos direitos das PcD.

“Este é um dia para nos dar visibilidade, é um grito de liberdade. Infelizmente, nós PCDs não temos políticas públicas no município voltadas para a nossa mobilidade e reabilitação, o que dificulta muito nosso dia a dia”, ressalta Dinho.

Um levantamento elaborado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base em informações do eSocial, em janeiro deste ano, mostra que o país tem mais de 500 mil pessoas com deficiência e reabilitados do INSS inseridos no mercado formal de trabalho

Resultado da luta das PcDs, a Lei nº 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, determina que empresas com 100 a 200 trabalhadores precisam ter 2% do seu quadro funcional de pessoas com deficiência, de 201 a 500, são 3%. de 501 a 1000 são 4% e com mais de mil funcionários devem garantir 5% de contratação de pessoas com deficiência em seus quadros.

*Com informações do Brasil Escola e Agência Gov 

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