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Unidade dos trabalhadores garante revisão de metas e valor do PPR na Dana

Além de alcançar quase 100% do Programa, com a atuação do SMetal e mobilização dos metalúrgicos, a Dana se comprometeu a discutir outras reivindicações represadas, como melhores condições de trabalho e convênio médico

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
A proposta de revisão das metas e valores do PPR 2022 foi aprovada em assembleias em todos os turnos da Dana, realizadas na quarta-feira, 1

A proposta de revisão das metas e valores do PPR 2022 foi aprovada em assembleias em todos os turnos da Dana, realizadas na quarta-feira, 1

Após a união e pressão dos trabalhadores da Dana, que realizaram protestos de duas horas em todos os turnos na semana passada, foi aprovada nesta quarta-feira, dia 1º, a proposta de revisão do valor da segunda parcela do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2022, negociada pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

Com atuação da entidade e mobilização dos funcionários, o impasse que gerou grande insatisfação foi revertido e, assim, os funcionários da empresa deixarão de perder um valor significativo da segunda parcela do PPR, que é atrelada às metas. A diferença será paga ainda no mês de fevereiro.

De acordo com diretor executivo do SMetal, Antônio Welber Filho (Bizu), além de alcançar quase 100% do valor total do Programa, aprovado em abril de 2022, a pressão dos trabalhadores resultou no respeito da empresa e no compromisso em discutir antigas reivindicações.

“O PPR é somente parte dos problemas que os trabalhadores vêm sofrendo no dia a dia na Dana. Na mesa de negociação, a empresa se comprometeu, a partir da próxima semana, a se reunir com o Sindicato regularmente para discutir inúmeras outras pautas que estão represadas há tempo, sem avanços”, explicou Bizu.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão: melhor condição no ambiente de trabalho; calendário de compensação de dias pontes com base nos critérios do SMetal; melhorias no refeitório e no convênio médico.

“Outra questão muito importante que deixamos claro que queremos discutir é um PPR nos patamares de outras fábricas do mesmo segmento e potência que é a Dana. Podem ter certeza que não mediremos esforços para defendermos esse debate da melhor maneira possível e atender às reivindicações que os trabalhadores tanto almejam”, assegurou.

Na negociação, o Sindicato garantiu ainda que as horas não trabalhadas durante a paralisação realizada na última quinta-feira, dia 26, não serão descontadas dos funcionários. Relembre aqui como foi o protesto, deflagrado por falta de transparência e o não cumprimento de um dos critérios de negociação do PPR, aprovado em assembleia geral da categoria.

O item prevê que “a empresa fica obrigada a apresentar até o 15º dia do mês o relatório das metas do mês anterior, caso não apresente, as metas daquele mês considerar-se-ão atingidas”.

Pressão de gestores

Izídio de Brito Correia, secretário de organização do Sindicato, parabenizou os trabalhadores e trabalhadoras pela unidade e afirmou que foi o movimento que fez com que a empresa voltasse atrás e reabrisse a mesa de negociação. Porém, após o protesto, o Sindicato recebeu diversas denúncias de supostas represálias e ameaças promovidas por gestores, o que a entidade considera “inadmissível”.

“Esperamos que a partir de agora a empresa seja mais ágil e transparente em responder as pautas do Sindicato e, acima de tudo, que trate com respeito os seus funcionários. Quem tem um patrimônio como é o da Dana, que foi construído pelas mãos dos trabalhadores de várias gerações, não pode de maneira alguma agir desse jeito”, criticou.

O diretor Antônio Welber contou que, inclusive, o Sindicato demonstrou insatisfação sobre a situação perante a empresa e defendeu que fosse oferecido um período de estabilidade no emprego aos metalúrgicos que participaram dos protestos. “A empresa negou essa condição, afirmando que não tinha como engessar o seu quadro de funcionários. Mas garantiu que não há qualquer tipo de orientação aos seus gestores nesse sentido e que compreende a legitimidade da mobilização dos trabalhadores”, contou.

Ele reforçou que o Sindicato segue em alerta sobre as denúncias e que, qualquer tipo de provocação, ameaça ou situação de assédio, o trabalhador deve procurar imediatamente ao SMetal. . A denúncia pode ser feita diretamente aos diretores, pelo telefone (15) 3334-5400 e WhatsApp (15) 99714-9534, ou ainda pelo canal de denúncia anônima do Portal SMetal (acesse aqui).

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