Como será que o prefeito Crespo, que fez uma rápida passagem na sessão extraordinária, se sente enfrentando o segundo processo de cassação em menos de dois anos?
Já a população demonstra insatisfação com o envolvimento do prefeito com o falso voluntariado e a falta de ações nas diversas áreas da cidade.
A trabalhadora em transportes Jessica dos Santos acompanha a sessão extraordinária, desta quinta-feira, dia 1, desde às 11h, e ressalta seu descontentamento com o prefeito. “Além de corrupto, não tem nenhuma responsabilidade sobre a gestão do município. Ele não faz nada que venha beneficiar a população”.
Para o metalúrgico Simão Ramos de Almeida, diretor de base do Sindicato dos Metalúrgicos, não há indício de boa gestão na cidade. Na fábrica onde trabalha o slogan da campanha eleitoral de Crespo, “Bora trabalhar”, já virou piada.
Alguns secretários do prefeito como o de Relações Institucionais, Flávio Chaves e o de Mobilidade e Acessibilidade, Luis Alberto Fioravante foram vistos na Câmara, conversando com vereadores pelos corredores. Ainda não há consenso sobre o possível resultado da votação da sessão.
Mas a vereadora Iara Bernardi afirma que “se Crespo tivesse todos os votos necessários não agiria com essa tática de tentar vencer pelo cansaço”.
O relatório final das investigações, realizadas durante três meses pela Comissão Processante, aponta procedência da acusação. O documento recebeu votos favoráveis do presidente da Comissão, Silvano Júnior (PV), e do relator, Hudson Pessini (MDB). O terceiro membro da Comissão Processante, vereador Luis Santos (Pros), apresentou um voto divergente.
Iara ressalta que a sessão deve ter continuidade, sem interrupção. “Porque se o presidente da Câmara, Fernando Dini, interromper, pode ser um erro regimental e poderá acabar na justiça”.
Não há no plenária populares em defesa de Crespo. A maioria dos presentes está com cartazes nas mãos a favor da cassação com dizeres como “Sabe o que cairia bem hoje” o prefeito”, entre tantos outros.