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Fim da Paralisação

Trabalhadores da Flex aprovam proposta de PPR e encerram greve

Na Toyota, a greve continua; mas direção da fábrica pode voltar a negociar com o Sindicato ainda hoje

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Após cinco dias de greve, funcionários da Flex aprovaram proposta de PPR nesta terça-feira e voltaram ao trabalho

Após cinco dias de greve, funcionários da Flex aprovaram proposta de PPR nesta terça-feira e voltaram ao trabalho

Em assembleias realizadas no primeiro e segundo turnos nesta terça-feira, dia 15, os trabalhadores da Flextronics, fábrica de equipamentos eletrônicos instalada em Sorocaba, aprovaram uma proposta de Programa de Participação nos Resultados (PPR) apresentada pela empresa e encerraram greve iniciada na última quinta-feira, dia 10.

A proposta prevê o pagamento de PPR de R$2.100, sendo a primeira parcela de R$ 1.700 no dia 31 de outubro e a segunda parcela, condicionada a metas, de R$ 400, a serem pagos em abril de 2014.

Em negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa aceitou modificar as metas impostas para o recebimento da segunda parcela. “Nos anos anteriores, além das cinco metas exigidas dos trabalhadores, o pagamento dependia lucro operacional da empresa, que nunca foi transparente. Ou seja, ainda que os trabalhadores atingissem as metas, a empresa alegava que o lucro tinha ficado abaixo do esperado e, com isso, não concedia o valor integral da segunda parcela”, detalha o diretor do Sindicato, Alex Sandro Fogaça.

Com a aprovação do acordo, a segunda parcela do PPR dependerá apenas de três itens: perda de material, produtividade e absenteísmo. “Sabemos que o valor do PPR não é o ideal e reconhecemos que boa parte dos trabalhadores estava disposta a continuar a greve para pressionar a empresa a conceder um valor maior. Mas avaliamos que o acordo é um avanço, pois eleva o patamar do PPR que, nos últimos anos, era muito mais baixo”, acrescenta Alex.

A proposta foi aprovada por pouco mais da metade dos trabalhadores dos dois turnos.

Segundo Alex, mesmo após a aprovação do acordo, o Sindicato dos Metalúrgicos continuará organizando as reivindicações dos trabalhadores e lutando por melhorias na fábrica.

Vale-compra

Outra conquista da mobilização dos trabalhadores da Flextronics, que entraram em greve no dia 10, é referente ao vale-compra. Antes do acordo aprovado nesta terça, o vale-compra era condicionado à assiduidade do funcionário. Agora, ele se torna um benefício integral ao trabalhador, independente das faltas no mês.

A greve começou na última quinta-feira, dia 10, depois que os trabalhadores rejeitaram a proposta de PPR de R$ 2.100, com R$ 1.300 referentes à primeira parcela e com metas consideradas inatingíveis para a segunda parcela.

Não havia também, na ocasião, a proposta de não mais condicionar o vale-compras à assiduidade do trabalhador.

Desde junho o Sindicato dos Metalúrgicos vinha tentando negociar com a Flextronics um PPR que atendesse às expectativas do quadro de funcionários, formado na maioria por mulheres.

A Flextronics tem cerca de 4.500 funcionários e fabrica produtos eletrônicos para marcas de grande porte como da Cielo, HP, IBM, Positivo, Lexmark, Acer, entre outros. A multinacional está instalada na avenida Liberdade, paralela à Rodovia Senador José Ermírio de Moraes (Castelinho), Sorocaba.

Reunião na Toyota

Já os trabalhadores da Toyota chegaram ao décimo quarto dia de greve nesta terça-feira, dia 15. Hoje pela manhã, às 10h, Sindicato e empresa voltaram a se reunir. A negociação terminou às 12h30, mas não houve propostas conclusivas.

Porém, na reunião, a direção local da Toyota comprometeu-se a realizar uma vídeo-conferência ainda hoje, às 16h, com a diretoria da montadora nos Estados Unidos, responsável pela corporação no continente.

A Toyota afirmou ao Sindicato que após a conferência entrará em contato para informar o conteúdo da reunião. A expectativa dos sindicalistas é que a empresa apresente uma nova proposta de acordo. Até lá, a greve continua.

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