Os metalúrgicos da Flextronics seguem em mobilização pela melhora da jornada de trabalho. A principal reivindicação é a supressão dos sábados, que, atualmente, são trabalhados em sistema de revezamento entre os turnos, ou seja, trabalha um e folga o outro.
Mesmo após tentativa de diálogo por parte do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), os trabalhadores tiveram que bater ponto no “Sábado de Aleluia”, 30.
“Estivemos presencialmente na porta da fábrica para dialogar com os trabalhadores sobre essa situação, que está ficando insustentável”, ressalta Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), vice-presidente do SMetal e responsável pelas negociações com a Flex.
A atividade foi organizada após os metalúrgicos aprovarem, em assembleia realizada na segunda-feira, 25, disposição para luta pela melhora na jornada de trabalho.
A redução da jornada de trabalho, sem a redução dos salários, é uma luta histórica dos metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). No caso da base do SMetal, diversas empresas já praticam as 40 horas semanais, acordos que tiveram o protagonismo do Sindicato, como na Toyota, Kanjiko, Metalac, Gestamp, NAL do Brasil, Scherdel e Edscha, por exemplo.
Diálogo com a Flex
Verdinho ainda explica que as negociações com a fábrica costumam ser difíceis. Ele lembra, por exemplo, do caso de 2023, quando a empresa demitiu centenas de trabalhadores, inclusive mulheres e Pessoas com Deficiência (PCDs), sem diálogo com o SMetal.
“Por isso é fundamental que os metalúrgicos sigam unidos e mobilizados, pois só assim teremos conquistas, como as que já tivemos, como o aumento nos salários, por exemplo”, ressalta Verdinho.
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