Em uma semana, mais de quatro mil casos de dengue foram detectados em Sorocaba. Atualmente, já há um caso da doença para cada 50 habitantes e cinco mortes confirmadas. Há, porém, sete óbitos sendo analisados pelo Instituto Adolfo Lutz.
No total são 12.780 casos para 637 mil habitantes.
Todas as quartas, às 15h, a Secretaria Municipal da Saúde informa o balanço da semana.
Na Câmara Municipal, a CPI da dengue, liderada pelo vereador Carlos Leite (PT), denuncia a ausência de iniciativas do governo municipal para prevenir a doença, responsabilizando a prefeitura pela epidemia.
Em entrevista ao SMetal, a diretora da Área de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde de Sorocaba, Daniela Valentim dos Santos esclarece algumas dúvidas sobre a dengue.
Prevenção
Daniela explica que existem evidências de que a fêmea do mosquito transmissor da dengue tem predileção por espaços baixos, o que favorece as picadas na região de tornozelo. Além disso, há também evidências de que o mosquito da dengue tem preferência pelo amanhecer e o entardecer, mas as picadas não ocorrem exclusivamente nesses horários.
“No período em que a pessoa está com dengue é importante o uso de repelentes para prevenir que o mosquito pique essa pessoa, se contamine e passe a contaminar outras pessoas”.
Quem contraiu dengue deve ficar em casa do primeiro dia de febre até 7 dias para evitar que seja picada novamente e espalhe a doença.
Questionada sobre a velocidade com que aumentam os casos da doença Daniela responde que “vários são os fatores que contribuem para que a dengue tenha atingido um alto número de casos em 2015. Sem dúvida passam por questões climáticas, ambientais e comportamentais”.