Alexandre Padilha recebeu lideranças de diversas frentes no Sindicato dos Metalúrgicos | Foto: Foguinho/Imprensa SMetal
No último sábado, 13, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) recebeu o ministro de Relações Institucionais do governo, Alexandre Padilha, em um encontro que reuniu diversas lideranças.
A passagem aconteceu após uma agenda realizada em Capela do Alto e Tatuí. Na ocasião, Padilha ouviu as demandas das entidades e anunciou, inclusive, recursos que serão destinados para áreas de saúde e educação, por exemplo.
Neste mesmo dia, o SMetal encabeçou uma manifestação que “celebrou” os dez anos da não construção do Hospital Municipal na Zona Norte da cidade. Em abril deste ano, completou uma década que o projeto de lei de iniciativa popular, encabeçado pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos e pelo então vereador Izídio de Brito, virou lei e o hospital não saiu do papel.
De acordo com o agora secretário de organização da entidade, Izídio de Brito, na conversa com Alexandre Padilha a situação foi tópico de pauta. “Nós questionamos o ministro se, nesta gestão, teremos recursos para construção e ampliação de hospitais e a resposta foi positiva”, comenta.
Izídio espera que, com as verbas que chegarão no futuro, a cidade volte a falar sobre o Hospital Municipal como uma pauta de prioridade.
Uma década de espera
Durante o ato que ocorreu no sábado, as lideranças recordaram que, em uma década, vários políticos estiveram à frente da prefeitura, mas nenhum deles deu continuidade à construção do Hospital Municipal. “Muito pelo contrário, se apropriaram dessa causa com finalidade eleitoral, sem o real compromisso com a construção do hospital”, comentou o ex-deputado estadual Hamilton Pereira, em sua fala durante a manifestação.
“Todos os anos, os políticos trazem carros de som para a frente do terreno e prometem o hospital e isso nunca acontece”, endossou Manoel, munícipe que mora próximo à rua Nain, 57, no Jardim Betânia, terreno destinado a receber a instituição de saúde.
Estiveram presentes no ato dezenas de pessoas entre líderes sindicais, militantes de movimentos sociais, e mães e pais de família, indignados com a situação. Para Izídio, a construção de uma unidade de saúde na Zona Norte ajudaria a descentralizar o atendimento na cidade.
Estiveram presentes no ato dezenas de pessoas entre líderes sindicais, militantes de movimentos sociais, e moradores da região | Foto: Foguinho/Imprensa SMetal
“A maioria das unidades de saúde estão concentradas na Zona Sul ou no centro de Sorocaba. Trazer um hospital para a Zona Norte iria tirar a sobrecarga de serviço desses locais e facilitar o acesso à saúde de boa parte da população – que comprovadamente reside nesta zona”, defende Izídio.
Relembre a luta pela construção do Hospital
Em 2011, Izídio destinou emenda parlamentar para viabilizar a unidade municipal de saúde e propôs um abaixo assinado para sociedade civil, que foi organizado pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos. Ao menos 26 mil pessoas assinaram, dando apoio popular ao projeto que foi encaminhado à Câmara dos Vereadores e aprovado, em maio de 2012.
Em 2013, a Prefeitura de Sorocaba comprou o imóvel com cerca de 26 mil metros quadrados, localizado na avenida Ipanema, por R$ 13,6 milhões. À época, o Poder Executivo anunciou a construção de um hospital com 200 leitos, prometido até 2016. No entanto, quase 10 anos depois, a construção nunca saiu do papel e as obras estão abandonadas.
