O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participou de atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher, na sexta-feira, 8. Dirigentes do Sindicato participaram da manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, e em Sorocaba, na Praça Coronel Fernando Prestes.
Organizada por uma frente ampla de organizações de mulheres, a tradicional marcha de São Paulo no 8 de março trabalhou com o mote “Nas ruas pela vida das mulheres e legalização do aborto”. Contra as violências, as privatizações, o fascismo e o genocídio do povo negro e palestino” e contou com a presença de dirigentes do SMetal..
A coordenadora do Coletivo de Mulheres do SMetal, Nazaré Inocência, destaca que foi um dia histórico para as mulheres. “Mesmo com a chuva, foi muito importante ocupar a Paulista, onde a nossa luta era pela vida das mulheres e reafirmamos que ‘não é não’”, destaca a dirigente.
Nazaré completa ressaltando a importância do SMetal participar desse dia de luta, enquanto uma entidade que defende a classe trabalhadora, inclusive as mulheres. “E o sindicato estando com a gente, a gente se sente mais apoiada, mais abraçada”, afirmou.
Em Sorocaba
Já no protesto de Sorocaba, também na sexta-feira, 8, o secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, participou da atividade e destacou a importância das mulheres na política. “É inadmissível que hoje, na Câmara de Sorocaba, tenhamos apenas duas mulheres vereadoras. É fundamental que nós, homens, apoiemos essa luta”, ressalta o dirigente.
O objetivo da manifestação foi chamar a atenção para os problemas enfrentados, atualmente, pelas mulheres, sobretudo a escassez e a demora nos serviços de saúde, com destaque à defesa da democracia e pela punição de quem participa de atos antidemocráticos e discriminatórios.
Em documento entregue aos presentes, os organizadores do protesto reivindicam do Poder Público mais atenção e respeito à proteção e à vida das mulheres, além de fazer uma série de propostas, como a contratação de trabalhadores concursados para, assim, colocar fim às terceirizações; ampliação do emprego formal com acesso a todos os direitos trabalhistas; garantir profissionais suficientes e qualificados para o atendimento na Delegacia da Mulher, entre outras.
A origem feminista do 8 de março
Em 1910, Clara Zetkin propôs, na II Conferência Internacional da Mulher Socialista em Copenhague, um dia internacional dedicado à reivindicação dos direitos das mulheres com a intenção de unificar uma data para celebrar a solidariedade internacional na luta pelos objetivos comuns.
Ainda não havia, no entanto, um dia definido e, entre 1911 e 1914, o Dia Internacional das Mulheres foi comemorado em datas diferentes do mês de março. Apenas em 8 de março de 1917, com a deflagração da greve das tecelãs de São Petersburgo, que impulsionou a Revolução Russa, esta data foi consagrada como o Dia Internacional das Mulheres.
Organizações internacionais – como a ONU e a UNESCO – demoraram mais de 50 anos para reconhecer a data, e só o fizeram por pressão e insistência dos movimentos feministas.