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Balanço regional

Setor metalúrgico fechou 2,8% de postos de trabalho

Dados do Ministério do Trabalho divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados estimam que foram fechados 1.046 postos de trabalho entre janeiro a junho de 2017, em toda a base do SMetal

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Segundo o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, “há inúmeros relatos de que os trabalhadores estão com ritmo excessivo de trabalho, com aumento notório de produtividade”.

Segundo o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, “há inúmeros relatos de que os trabalhadores estão com ritmo excessivo de trabalho, com aumento notório de produtividade”.

Dados do Ministério do Trabalho, divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) no último dia 17, estimam que foram fechados 1.046 postos de trabalho, entre janeiro a junho de 2017, em toda a base do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

O número representa uma queda de aproximadamente 2,8% nas vagas de empregos do setor metalúrgico nas 14 cidades representadas pelo Sindicato.

Para o economista da subseção Dieese do SMetal, André Corrêa, os resultados negativos se devem à condução da política econômica do Governo Temer (PMDB). “O governo assumiu uma postura política de austeridade, que restringe o consumo da população e foca no cumprimento de metas fiscais”, afirma.

“A atual política econômica vai na contramão dos governos anteriores que, incentivando o consumo, conseguiram que o Brasil gerasse novas vagas de trabalho e tivesse os menores índices de desemprego já vistos no País”, completou.

O secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, (foto acima) alerta que isso não significa que os trabalhadores estão ociosos. “Muito pelo contrário, as empresas têm aproveitado o cenário negativo para fazer ajustes e aumentar sua rentabilidade”, disse.

Segundo ele “há inúmeros relatos de que os trabalhadores estão com ritmo excessivo de trabalho, com aumento notório de produtividade”.

Ele lembra ainda que foram realizadas diversas negociações nesse período, como férias, licença remunerada, lay-off, banco de horas negativo, redução da jornada sem redução de salários, entre outros, que fizeram com que o índice não fosse maior.

“Se compararmos os números desse primeiro semestre com o mesmo período do ano anterior, observamos uma grande diminuição nas demissões graças a esses acordos coletivos”, afirma.

No primeiro semestre de 2016, quando a taxa de desemprego no país era de 11,6%, foram fechados 2.165 postos de trabalho da categoria na base do SMetal, 1.119 a menos que em 2017 (1.046 postos fechados). Atualmente, a taxa de desemprego está em 13,3%.

• Em 2002, último ano do governo FHC, a categoria metalúrgica na região de Sorocaba tinha 21.137 trabalhadores. Em 2014, fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff, chegou 44.281 metalúrgicos. Atualmente, segundo o levantamento do Caged, a base do SMetal conta com 36.419 trabalhadores.

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