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Palavra do Presidente

Reajuste não é “favor”, é direito do trabalhador

Em artigo publicado na Folha Metalúrgica nº 1039, o presidente do SMetal, Leandro Soares, fala sobre a importância de respeitar o prazo que a data-base da categoria estabelece, no dia 1º de setembro

Leandro Soares, presidente do SMetal - publicado na Folha Metalúrgica n° 1039
Foguinho/Imprensa SMetal

Leandro Soares é funcionário da ZF do Brasil (Planta 2) e presidente do SMetal.

Quando atrasamos algum boleto, a cobrança vem. Somos encarregados de juros, telefonemas e nosso nome pode até parar no Serasa por ter descumprido um compromisso que fizemos para com os bancos e instituições financeiras. Com o reajuste dos metalúrgicos, a responsabilidade pelo cumprimento do prazo não pode ser diferente.

A data-base da categoria, em 1º de setembro, é um marco para que os reajustes salariais estejam na conta dos trabalhadores. Esse é um dos momentos mais aguardados pelos metalúrgicos, já que é durante essas negociações que as perdas com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) são repostas nos salários.

Para este Sindicato, essa é uma data que precisa ser respeitada. Não queremos o reajuste no dia 31 de agosto, e nem no dia 2 de setembro. Estipulamos esse limite pois a cada dia que o trabalhador passa sem o aumento salarial, é mais um dia de perda com a inflação que se acumula.

Entendemos, também, que há acertos que podem ser retroativos, mas não queremos chegar neste ponto em 2024. Isso porque, desde fevereiro, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), junto a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT-SP), vêm participando de agendas e de mobilizações em prol da Campanha Salarial de 2024.

Até aqui fizemos a nossa parte como legítimos representantes dos metalúrgicos de Sorocaba e da região. Enviamos pauta de reivindicações, comparecemos às reuniões com as bancadas patronais e, em nossa sede, realizamos até mesmo uma ampla reunião com representantes das empresas. Tudo em prol de atender o prazo da nossa data-base.

Em 2023, o que assistimos foi uma Campanha Salarial que se arrastou. Ficamos, durante o segundo semestre praticamente inteiro, negociando empresa por empresa para que o trabalhador não ficasse no prejuízo. Por isso, neste ano queremos celeridade. Não podemos cruzar os braços e simplesmente esperar a boa vontade dos patrões.

O nosso limite é a paciência da categoria. Iremos sempre prezar pelo diálogo e pela condução harmônica das negociações, contanto que sejamos recebidos com o mesmo empenho, pois uma Campanha Salarial que seja fechada na data-base, em 1º de setembro, com Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), é benéfica para todos os lados.

Trabalhador, estamos com você! Nos próximos dias teremos inúmeras mobilizações por reajustes dignos que possam não apenas repor as perdas salariais, mas também apresentar ganhos reais. Contamos com sua luta e engajamento ao nosso lado. Lembre-se: o reajuste salarial não é favor prestado pela fábrica, mas, sim, um direito da nossa categoria.

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