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Prefeito Lippi lava as mãos e diz que despejo do Santo André sai em 90 dias

Empresário vendeu a área há mais de uma década, mas elegou quebra de contrato e ganhou na justiça

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Polícia já esteve no local e despejou seis famílias; agora a meta do empresário é tirar todo mundo

Polícia já esteve no local e despejou seis famílias; agora a meta do empresário é tirar todo mundo

As 320 famílias do Santo André 2, zona norte de Sorocaba, deverão mesmo ser despejadas de suas casas nos próximos três meses. Quem deu a péssima notícia aos moradores foi o próprio prefeito Vitor Lippi (PSDB), que foi ao bairro na sexta-feira, dia 27.

Ele disse aos moradores que assim que a terminar um conjunto de apartamentos perto do Horto Florestal, a prefeitura dará suporte à Polícia Militar para que ela cumpra a ordem de reinte¬gração de posse.

A PM está com a ordem do despejo em mãos desde de junho do ano passado, mas até o momento ela não cumpriu ordem porque a mesma ação exige que a Prefeitura dê suporte à reintegração.

Prejuízos

Os moradores perderão suas casas, muitas delas quitadas, em terreno de 125 metros quadrados, para se mudar para apartamentos de 36 metros, que ainda podem custar até R$ 300 por mês por 25 anos.

Lippi poderia evitar o despejo. Bastaria ele desapropriar a área e doá-la aos moradores.

A área foi vendida há 12 anos pelo empresário Luiz Ramires, que recebeu cerca R$ 700 mil pelo valor do imóvel, um banhado de 120 mil metros quadrados na barranca do rio Sorocaba.

Mas como parte dos moradores deixaram de pagar algumas parcelas, Ramires, na ânsia por mais dinheiro, já que a área se valorizou com a construção de uma ponte e o corredor Ulisses Guimarães, ele requereu a reintegração de posse na Justiça e a ganhou.

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