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PPR não é direito assegurado, é conquista sindical

Em artigo publicado na Folha Metalúrgica nº 1029, o presidente do SMetal, Leandro Soares, fala sobre a importância da negociação sindical para garantir o PPR; confira a íntegra

Leandro Soares, presidente do SMetal - publicado na Folha Metalúrgica n° 1029
Foguinho/Imprensa SMetal

Leandro Soares é funcionário da ZF do Brasil (Planta 2) e presidente do SMetal.

O trabalhador é o coração de uma empresa. Quem atua nas operações – assim como o pessoal do administrativo – faz com que a engrenagem daquele ambiente realmente rode. É o trabalhador metalúrgico que bate seu ponto diariamente para produzir e são esses produtos que serão vendidos e revertidos em lucro para a empresa.

Tendo isso em consideração, não dá pra tratar o principal jogador desse time só como peça da engrenagem. É preciso ter a clareza de que sem o trabalhador não tem produção, nem operação administrativa. A verdade é essa: os chefões podem até possuir as máquinas, mas quem sabe como operá-las são os trabalhadores.

Portanto, na visão do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), nada mais justo que parte desse lucro volte para aqueles que ajudaram a gerá-lo. Por isso, as negociações envolvendo o Programa de Participação nos Resultados (PPR) são prioridades para essa entidade.

Embora a Lei nº10.101 disponha sobre a forma de negociar a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa, não existe um aparato jurídico que obrigue os patrões a pagarem o PPR. Isso é uma conquista sindical.

Está na hora de discutirmos quais serão os critérios que nortearão as negociações do Programa. Por isso, como você verá na matéria ao lado, o Sindicato chama uma assembleia geral para votação desses pontos importantes.

Para este Sindicato, a participação da categoria é fundamental. O PPR não apenas representa uma parcela financeira significativa, mas também é o reconhecimento do trabalho de cada metalúrgico. Ao estarmos cientes e envolvidos no processo de definição dos critérios, podemos assegurar que nossa voz seja considerada.

E a relevância das negociações deste programa não ficam apenas restritas ao bolso dos metalúrgicos. A subseção dos metalúrgicos de Sorocaba do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) levantou que, somente em 2023, o PPR da categoria poderia injetar mais de R$250 milhões na economia da cidade.

Quando esse benefício chega aos nossos bolsos, seu impacto se estende para a sociedade. Seja por meio do consumo em estabelecimentos próximos, investimentos em serviços locais ou até mesmo em iniciativas comunitárias. Ao defendermos nossos direitos e assegurarmos uma negociação de PPR justa estamos moldando ativamente o destino de nossa categoria.

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Folha 1029 Lei 10101 negociação Palavra do presidente PPR
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