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Agricultura Familiar

Para a CNM/CUT, agricultura familiar é oportunidade para metalúrgicos

Entidade participou de terceiro seminário regional organizado pelo governo federal sobre máquinas agrícolas, realizado em São Paulo, e quer que indústria nacional tenha relevância na hora de pensar no setor

Redação CNM/CUT
Divulgação

Delegação que representou a categoria no Seminário.

A CNM/CUT representou os trabalhadores metalúrgicos nos dois dias do Seminário Regional Sudeste de Máquinas e Equipamentos para a Agricultura Familiar, realizado na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (ABIMAQ), nos dias 10 e 11 de setembro, em São Paulo.

O evento, o terceiro realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e diversas entidades ligadas à agricultura familiar, pequenos agricultores, economia solidária, cooperativismo  e indústria e máquinas e bens de capital, faz parte de uma série realizada pelo governo federal para debater o cenário do uso de maquinário agrícola na agricultura familiar em todas as regiões brasileiras.

Os dois primeiros eventos foram realizados em Brasília (DF) e Mossoró (RN). Os próximos estão marcados para a região Norte, em Manaus (AM), em 6 e 7 de novembro, e na região Sul, em Porto Alegre (RS), de 26 a 28 de novembro.

A CNM/CUT vai convocar os dirigentes metalúrgicos das regiões a participarem dos seminários e mostrarem a presença ativa da categoria nas atividades desenvolvidas.

Cobrança ao governo

O envolvimento dos metalúrgicos nos eventos faz parte de uma cobrança da categoria junto ao governo federal para que a produção de máquinas agrícolas usada pela agricultura familiar tenha como prioridade a produção nacional, valorizando a mão de obra brasileira, e levando em conta uma pauta de trabalho decente, salário digno, formação profissional e tecnologia.

“Somos nós metalúrgicos que produzimos essas máquinas, nós que estamos no local de trabalho olhando a tecnologia, olhando a pesquisa, olhando a formação profissional, a adaptação dessas máquinas para a agricultura familiar. Estamos inclusive no Conselho de Segurança Alimentar (CONSEA), junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, numa composição realizada pelo governo federal”, afirmou o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira.

Durante as atividades do seminário, os metalúrgicos cutistas apresentaram um diagnóstico do setor de máquinas agrícolas no Brasil, a partir dos dados de trabalhadores e trabalhadoras no setor. Segundo informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), existem 108 mil trabalhadores na produção de máquinas e equipamentos agrícolas no Brasil.

“Essa indústria é fundamental para o desenvolvimento do Brasil, principalmente para a soberania alimentar e da segurança alimentar, fora outros temas tão importantes como a distribuição de renda no Brasil, que é uma questão tão difícil. Estamos muito contentes em participar desse debate e também pensar no futuro, no desenvolvimento dessa indústria, com ciência e tecnologia nacional, com aumento da produção metalúrgica em nosso país”, disse o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP, Erick Pereira da Silva, que representou a Confederação em um dos painéis de debate no primeiro dia de atividades.

Atividades

Além da fala da fala de Erick, durante o painel que falou de oportunidades, demandas e experiências de pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de máquinas e equipamentos para agricultura familiar, o primeiro dia teve painéis sobre o programa Mais Alimentos, do governo federal, e a proposta da Plataforma Digital de Máquinas e equipamentos do MDA. Outro painel falou sobre o panorama geral da agricultura familiar, produtos e máquinas predominantes e mecanização no Sudeste. Ao final do dia, os participantes se dividiram por estados e realizaram um trabalho em grupo.

No segundo dia houve a apresentação dos trabalhos em grupos preparados na terça-feira, e um painel sobre oportunidades de financiamento de máquinas e equipamentos para a agricultura familiar e para o desenvolvimento para indústrias e institutos de ciência e tecnologia. Outro trabalho em grupo foi realizado, encerrando as atividades do Seminário.

“Foram dois dias intensos de apresentações, debates e trabalhos de grupo, algo que só com um governo democrático de verdade teríamos. Por mais que nossos anseios desejem pressa na articulação e criação da política pública para a agricultura familiar, esta é com certeza a forma mais segura e assertiva. A CNM/CUT esteve presente neste seminário e estará em todos os demais pois sabe da importância da entidade para a representação do Ramo e do seu apoio a agricultura familiar e a segurança alimentar do Brasil”, destacou o secretário de Administração e Finanças da CNM/CUT, Tiago Almeida do Nascimento, que participou das atividades no dia de encerramento.

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