A eleição da Chapa 1 dos metalúrgicos de Sorocaba, na sexta-feira, dia 21, confirmou a confiança da categoria na evolução de um projeto de sindicalismo e sociedade que começou nos anos 70, nas lutas contra a ditadura militar e por melhorias nas condições de trabalho e de vida; e que, em 1983, deu origem à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O Sindicato dos Metalúrgicos foi um dos primeiros a juntar-se a então recém-fundada e ousada central sindical. O dirigente local metalúrgico pioneiro foi Wilson Fernando da Silva, o saudoso Bolinha. Desde então, várias gerações de dirigentes honraram e atualizaram a história bem sucedida da entidade e da categoria na região de Sorocaba.
Não se trata, porém, de promover o continuísmo. Trata-se de não perder nossas raízes. A cada eleição, a diretoria se renova e, quando necessário, se reinventa para representar com qualidade uma categoria que não para de crescer, se modernizar e exigir melhorias. Mas a diretoria ligada à CUT sempre assumiu o compromisso de cumprir essa missão sem jamais deixar de lado seus fundamentos ideológicos, seus alicerces democráticos e populares.
As diretrizes da CUT foram formadas nas lutas sociais de massa, da necessidade dos próprios trabalhadores de se organizarem em movimentos e sindicatos para lutar por liberdade e justiça social. A nossa central desafiou a repressão, contribuiu com a Constituição Federal e com a redemocratização, lutou contra crises econômicas dos anos 90 e apoiou a eleição do primeiro presidente operário, o Lula, em 2002.
Com a vitória da chapa liderada por Ademilson Terto da Silva, reeleito presidente, os 133 dirigentes legitimados pelas urnas pela Chapa 1, nos dois turnos da eleição, assumem o compromisso de seguir na luta coletiva por melhores condições de trabalho e de vida para os metalúrgicos.Também se comprometem a manter e aprimorar o empenho da instituição para que toda a classe trabalhadora, na qual a categoria metalúrgica está inserida, conquiste melhorias trabalhistas e sociais.
Mas nenhuma trajetória evolutiva do Sindicato poderia ser contada sem os principais responsáveis pela construção dessa história: os trabalhadores metalúrgicos que acreditam na transformação social a partir das lutas coletivas.
Nas eleições da semana passada, 14.601 desses metalúrgicos foram às urnas exercer seu direito de participação nos rumos da entidade que os representa. A esses essenciais trabalhadores e cidadãos, conscientes do seu papel e da sua importância no processo democrático, a diretoria do Sindicato agradece profundamente.
Além dos eleitores, a diretoria do SMetal também agradece o empenho, a competência e o companheirismo dos funcionários da entidade, dos parceiros e de todos os dirigentes de outras categorias profissionais que trabalharam nas eleições metalúrgicas. Aliás, sem a ajuda de outros sindicatos da CUT, nem as eleições nem as lutas cotidianas da nossa categoria seriam tão marcantes.