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Dia do metalúrgico

Orgulho de ser metalúrgico: uma categoria que mudou e continua mudando a história

Fundado em 1954, com cerca de 10 mil metalúrgicos em sua base, a história do SMetal se confunde com a luta da classe trabalhadora na região, dentro e fora das fábricas

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Arquivo SMetal

Da greve na Faço II, em 1978, à greve na DPR, em 2023, o SMetal segue representando os interesses de uma categoria que, hoje, é de cerca de 46 mil trabalhadores na região de Sorocaba.

São as mãos de cada trabalhador que produz a riqueza do país e constrói a história de uma sociedade. Os embates, conflitos e a política, assim como as conquistas e avanços nos direitos, determinam o rumo de uma classe. 

Trazendo este contexto para a categoria metalúrgica, que foi e ainda é protagonista do futuro da sociedade brasileira, a palavra de ordem deste mês é “orgulho” que, segundo o dicionário, significa “sentimento de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra”. E quando falamos dos metalúrgicos de Sorocaba, vale a pergunta: onde tudo começou? 

Fundado em 1954, com cerca de 10 mil metalúrgicos em sua base, a história do SMetal se confunde com a luta da classe trabalhadora na região, dentro e fora das fábricas. História que começou muito antes da fundação do Sindicato: já em junho de 1939 se registrava a primeira assembleia da categoria na cidade, que criou o Sindicato dos Operários Metalúrgicos e Classes Anexas de Sorocaba.

O movimento operário, que culminou na eleição de uma diretoria combativa em 1983, rompendo com interventores e representantes da Ditadura Militar dentro do Sindicato, desabrocha no fim dos anos de 1970, influenciado pelas greves do ABC, na luta pelo reajuste salarial, enfrentando o regime ditatorial que ainda era vigente naquela época.

E após esta direção combativa assumir a liderança do SMetal, as mobilizações se intensificaram com uma onda de greves em 1984. E no ano seguinte, a chamada “Operação Vaca Brava” retomou as lutas pela redução da jornada de trabalho, sem redução nos salários, agitando as fábricas. 

“Em 70 anos, muita coisa mudou para melhor. Me sinto orgulhoso de ter colocado um tijolinho na construção do Sindicato Cidadão” – Hamilton Pereira, ex-deputado estadual.

Da greve na Faço II, em 1978, à greve na DPR, em 2023, o SMetal segue representando os interesses de uma categoria que, hoje, é de cerca de 46 mil trabalhadores na região de Sorocaba, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro de 2024, com perspectiva de crescimento e sendo um dos sindicatos mais importantes do Brasil. 

E foi na luta que a categoria se fortaleceu e escolheu suas lideranças: é assim que surgem figuras como Wilson Fernando da Silva, eternizado como “Bolinha”, que criou a estratégia de paralisar os trabalhadores nos bairros, antes de chegar nas fábricas, e os dirigentes sindicais que o sucederam. E foi essa luta que permitiu que a categoria tivesse cada vez mais direitos, se tornando um verdadeiro sonho das famílias sorocabanas que seus filhos sejam metalúrgicos. E o tema da campanha de aniversário do SMetal, “orgulho de ser metalúrgico” dialoga com isso. 

Neste mês que o sindicato completa 70 anos é bom lembrarmos que foram as intensas mobilizações, negociações e articulações que mudaram a história da cidade e na região. E, sabendo disso, o SMetal se prepara para as próximas sete décadas para enfrentar os novos desafios para continuar transformando o futuro. 

“Com as transformações na indústria e da sociedade, temos muita luta pela frente para garantir que os metalúrgicos, categoria que tanto me orgulho de fazer parte, sigam tendo suas vidas transformadas” – Leandro Soares, presidente do SMetal

Dia do metalúrgico e da metalúrgica

Os metalúrgicos comemoram neste domingo, 21, o Dia do Metalúrgico e da Metalúrgica. E, seguindo na perspectiva de futuro que o SMetal fomenta após completar 70 anos, hoje é lançado o perfil da entidade no Tiktok e uma página especial de aniversário da entidade, que você pode conferir neste link.

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