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Editorial

O Brasil está em disputa e nossos direitos na berlinda

Definitivamente, o Brasil não é para iniciantes. Há um rebuliço no Congresso Nacional que expõe nossa nação ao ridículo

Imprensa SMetal
Divulgação

Definitivamente, o Brasil não é para iniciantes. Há um rebuliço no Congresso Nacional que expõe nossa nação ao ridículo. Primeiro, quando instala um processo de impeachment sem crime de responsabilidade. Essa medida rendeu manchetes internacionais como no New York Times e Los Angeles Times, que ressaltaram os riscos que corre a democracia brasileira.

Depois, quando o presidente do Senado passa por cima da decisão do presidente da Câmara e dá sequência ao processo.

Mesmo quando há forte embasamento jurídico, de que até o processo está sendo realizado de forma ilegal, os interesses da direita se sobrepõem à Constituição e às regras democráticas.

Mas esse golpe em curso não está passando batido da sociedade organizada. Movimentos sociais e sindicais, que inclui todas as categorias profissionais, além dos estudantes, promovem protestos para evitar que o golpista e conspirador Michel Temer (PMDB) assuma o poder de forma antidemocrática, tornando-se o primeiro possível presidente ficha suja do país.

Além disso, a composição que está sendo feita por Temer para um possível governo é reacionária a ponto de retroceder imediatamente nos direitos trabalhistas.
Por isso, nós do SMetal e da CUT fomos às ruas nessa terça, Dia Nacional de Paralisação pelos nossos direitos. Não toleramos um governo ilegal e imoral que já declarou abertamente que pretende perseguir o trabalhador assalariado.

Está acessível na internet o documento do partido golpista de Temer, “Ponte para o Futuro”, qual ataca diretamente a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Se não estamos contentes com o segundo mandato de Dilma precisamos reivindicar mudanças, como estamos fazendo. Participamos de diversas manifestações contra os ajustes fiscais, levando nossas bandeiras de luta. Mas apoiamos e defendemos que seu mandato chegue ao final como é previsto em Lei.

Até por uma questão de identidade de classe, um governo de Temer não olharia para a classe trabalhadora. Ele já anunciou que cortará investimentos sociais, como Minha Casa, Minha Vida; financiamento estudantil, entre tantos outros.

Esse processo de impeachment é apenas a forma mais fácil da direita retornar ao poder. Mas mostra também que toda a política social construída ao longo dos últimos anos no País está em jogo.

Até quando o Brasil será um país injusto, dos eleitos pela mídia? É só olhar para o governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) e notar a impunidade que reina sobre ele.

O tucano causa o desabastecimento de água na Capital inteira, desvia dinheiro de merenda, acaba com as escolas técnicas, comprova-se corrupção no caso do metrô, joga tropa de choque em cima de estudantes, deixa escolas abarrotadas e despreza os professores e ele continua aparecendo na mídia como se não devesse satisfações a ninguém.

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