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Novas tendências do mundo do trabalho priorizam saúde e bem-estar, mas apresentam desafios

Confira os desafios enfrentados com o avanço do home office (trabalho remoto), short friday (sair mais cedo do trabalho às sextas) e jornada de quatro dias, termos que têm se popularizado no mercado de trabalho brasileiro

Carol Fernandes/Imprensa SMetal
Imprensa SMetal

Com a chegada da indústria 4.0, novos direitos podem ser negociados pelo Sindicato.

Home office (trabalho remoto), short friday (sair mais cedo do trabalho às sextas) e jornada de quatro dias são termos que têm se popularizado no mercado de trabalho brasileiro, especialmente após o período de pandemia da Covid-19. Essas propostas são oferecidas como uma alternativa para garantir mais saúde e bem-estar aos trabalhadores – pautas defendidas há décadas pelo SMetal – entretanto, apresentam desafios na implementação. 

É o que aponta o advogado Vinícius Cascone, especialista em direito do trabalho. Segundo o especialista, não há na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) um “regramento claro” de como o home office funciona, apenas de que é possível ter esse modelo de trabalho. “O que tem, na CLT, é chamado teletrabalho, que é aquele que a pessoa é contratada para trabalhar fora do local de trabalho. E aí, nesse teletrabalho, não tem controle de jornada pela lei, o que é um absurdo”, disse. Por isso, de acordo com o advogado, é importante que entidades sindicais participem ativamente desses acordos, para garantir o cumprimento efetivo. 

“Com a chegada da nova era industrial 4.0, as oportunidades de negociação se ampliam, resgatando trabalhadores e oferecendo não apenas redução de jornada, mas uma nova perspectiva de qualidade de vida e planejamento social para todos.” Antonio Welber Filho (Bizu), diretor-executivo do SMetal

Outra questão abordada por Cascone é a utilização de meios digitais de trabalho – como e-mail institucional e grupos WhatsApp – conectados a aparelhos de uso pessoal. “Existe uma contradição muito grande entre você conseguir esse chamado ‘short friday’, enquanto o trabalhador tem aí um mecanismo de acesso ao trabalho 24 horas na sua mão”, destaca o profissional.

“A implementação das novas práticas de trabalho trazem desafios e oportunidades. É fundamental que as entidades sindicais estejam ativamente envolvidas nessas negociações para assegurar um ambiente de trabalho equilibrado e respeitoso.” Francisco Lucrécio Junior Saldanha, diretor-executivo do SMetal
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Benefícios direitos home office industria 4.0 redução da jornada short friday
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