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Armadilha

Nova modalidade de ‘saque-aniversário’ do FGTS é cilada

A Medida Provisória 889 pode colocar os trabalhadores em uma cilada. Quem optar pelo ‘saque-aniversário’ não receberá, na demissão, o valor total do FGTS. Medida acabará beneficiando apenas os bancos

Imprensa SMetal
Divulgação
Atenção às mudanças do saque do FGTS

Atenção às mudanças do saque do FGTS

A Medida Provisória 889 do governo Bolsonaro pode colocar os trabalhadores em mais uma cilada. Quem optar pela nova modalidade saque-aniversário não receberá, na demissão sem justa causa, o valor do FGTS.

De acordo com o analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) Marcos Verlaigne, “a retirada anual tem a lógica perversa de acabar com o fundo público e vai deixar o trabalhador na mão no momento em que ele mais precisar, que é o momento em que for demitido”.

Apesar do governo tentar justificar a medida como sendo uma ação para beneficiar a população de baixa renda, na verdade, o saque do FGTS vai apenas dar mais lucros aos bancos, que estão há tempos de olho nesses recursos.

O presidente do SMetal, Leandro Soares, ressalta que “a melhor maneira de melhorar a economia é a geração de mais postos de trabalho. Mas, infelizmente, o que vemos é o contrário: a desindustrialização”.

Por sua vez, “os bancos ficam de olho em qualquer dinheiro que é injetado na economia. Provavelmente, criarão produtos para antecipar o saque a uma determinada taxa de juros, como já fazem com o 13º e o Imposto de Renda e, consequentemente, tendem a aumentar seus lucros”, exemplifica o economista da subseção do Dieese dos Metalúrgicos de Sorocaba, Fernando Lima.

Risco de se endividar ainda mais

Se o trabalhador optar pela modalidade de saque-aniversário, poderá contratar empréstimo junto à rede bancária dando em garantia os recursos da conta do FGTS a serem liberados no saque-aniversário.

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