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Morte de Gaspari completa um ano; relembre a trajetória do sindicalista

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba por dois mandados, entre 1992 e 1998, Gaspari foi vítima da Covid-19; ele deixou um legado de luta pelos trabalhadores e por uma sociedade melhor

Imprensa SMetal

Quatro de julho é um dia triste. Há exatamente um ano, Carlos Roberto de Gaspari nos deixava, vítima da Covid-19. Presidente do SMetal entre 1992 e 1998, Gaspari teve uma trajetória de luta pela classe trabalhadora e também buscou incansavelmente construir uma sociedade melhor.

Sua dedicação e disposição para defender os direitos tanto trabalhistas quanto dos cidadãos, marcaram a vida de milhares de pessoas e não serão esquecidas jamais.

O SMetal dedica as homenagens ao legado de Gaspari e também aos companheiros João Farani, Ney Domingues, Evanildo Amancio (Miúdo), Antonio Pereira, Antônio Rodrigues (Bolinha II) e outras tantas pessoas que perderam a vida nessa guerra.

Relembre a trajetória de Gaspari:

Gaspari começou a trabalhar em indústrias metalúrgicas em 1976. Na primeira metade dos anos 80, foi vice-presidente da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e se tornou diretor regional da CUT-SP, entidade que participou da criação e no fortalecimento. Em 1986, membro da comissão de fábrica dos trabalhadores da Pirelli Cabos, chegou à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

Em 1989, Gaspari foi eleito secretário geral do SMetal e, na eleição sindical seguinte, em 1992, tornou-se presidente da entidade, cargo para o qual foi reeleito em 1995, cumprindo mandato entre 1992 e 1998. No ano de 1995, o sindicalista foi um dos fundadores da Amaso (Associação dos Metalúrgicos Aposentados de Sorocaba e Região), entidade voltada para atender os aposentados da metalurgia.

Já em 1996, Gaspari disputou as eleições municipais como candidato a vice-prefeito de Sorocaba, na chapa encabeçada pela ex-deputada federal e vereadora Iara Bernardi, pelo Partido dos Trabalhadores.

Nos anos de 97 e 98, presidiu a Comissão Municipal de Emprego, que administrava o posto do Sinesp (Sistema Nacional de Emprego do Estado de São Paulo). Ele também foi um dos idealizadores do Fórum Regional de Desenvolvimento, em 1998.

Gaspari também foi um dos idealizadores da campanha Natal sem Fome em Sorocaba, ação natalina que arrecadava alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade social. Posteriormente, em 2005, o sindicalista articulou a criação do Banco de Alimentos de Sorocaba, organização não governamental que visa diminuir o desperdício de alimentos e, ao mesmo tempo, ajudar no combate à fome na cidade e região.

Além disso, Gaspari foi articulador e coordenador do Movimento pela Qualificação dos Trabalhadores na região de Sorocaba, entre 1994 e 1995, e exerceu o mandato como presidente do Ceadec (Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania), ONG fundada em março de 1999, que atua, principalmente, no suporte a iniciativas voltadas para a economia solidária. Foi gerente do Ceagesp Sorocaba (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e, atualmente, fazia parte da diretoria do Instituto Gestão Cidadã.

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