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Metalúrgicos da Prysmian entram no segundo dia de greve

Os metalúrgicos da Prysmian/Draka entraram nesta quinta-feira, dia 13, no segundo dia de greve para exigir da empresa aumento real de salários

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Nas negociações de ontem, com o Sindicato dos Metalúrgicos, a direção da fábrica ofereceu apenas a reposição da inflação acumulada de 12 meses, 6,35%

Os metalúrgicos da Prysmian/Draka entraram hoje, dia 13, no segundo dia de greve para exigir da empresa aumento real de salários. Nas negociações de ontem, com o Sindicato dos Metalúrgicos, a direção da fábrica ofereceu apenas a reposição da inflação acumulada de 12 meses, 6,35%. Na maioria dos acordos com outras empresas do setor, o Sindicato tem conseguido reajuste de 8,48%, com 2% de aumento real.

A expectativa do Sindicato (SMetal) é que as negociações avancem hoje. “A empresa acenou com aumento no valor do vale-compra, mas is so é insuficiente. Os metalúrgicos do Grupo Prysmian também exigem aumento real de salários, que tem sido conquistado na maior parte das outras empresas do setor na região”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do SMetal.

O Grupo Prysmian tem duas plantas em Sorocaba, uma no Alto da Boa Vista e outra no Éden, onde ficava a antiga Pirelli. A empresa fabrica cabos para energia e telecomunicações e conta com cerca de 500 trabalhadores em Sorocaba.

Mobilização na Case

Na manhã de hoje, dia 13, além da assembleia que aprovou o segundo dia de greve na Prysmian, o Sindicato realizou um ato de mobilização em frente à fábrica CNH/Case, outra que também não concedeu, ainda, aumento real aos funcionários.

A assembleia na Case, na zona industrial de Sorocaba, contou com a participação de todos os trabalhadores do primeiro turno da empresa. Caso a fábrica não concede reajuste nos próximos dias, também pode haver paralisação na empresa, que fabrica máquinas agrícolas.

70% com acordo

Do total de 45 mil metalúrgicos da região, cerca de 31.500 (70%) já conquistaram reajustes com aumento real, retroativos à 1º de setembro, que é a data-base da categoria. Os 31,5 mil metalúrgicos com acordos já assinados estão distribuídos em 330 empresas do setor na região.

Além da Prysmian, outras empresas que não concederem aumento real poderão entrar em greve a qualquer momento, avisa o Sindicato.

Normalmente as negociações de campanha salarial da categoria são lideradas pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e têm abrangência estadual. Este ano, porém, devido ao impasse nas negociações gerais, a própria FEM orientou os sindicatos a negociarem os reajustes por empresa.

Metalúrgicos da Prysmian entram no segundo dia de greve

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