As auxiliares de educação, que cuidam de crianças matriculadas nas 88 creches de Sorocaba, podem cruzar os braços em breve para tentar forçar a prefeitura a corrigir distorções que prejudicam o trabalho dessas profissionais e trazem riscos aos alunos.
Contrariando a lógica e o bom senso, as cerca de duas mil auxiliares de educação no município estão vinculadas à secretaria de administração da prefeitura, e não à secretaria de educação.
Também em desacordo com normas trabalhistas para quem cuida de crianças, a jornada das profissionais em Sorocaba é de oito horas diárias, e não de seis horas, como é recomendável.
Além do enquadramento na secretaria de educação e da redução da jornada, outra reivindicação das auxiliares é o fim da superlotação nas creches. Segundo elas, é comum salas com capacidade para 30 crianças abrigarem mais de 40.
Apoio dos Metalúrgicos
Foi para organizar a categoria que um grupo de 30 auxiliares de educação se reuniu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos no último dia 2. Além do sindicalista metalúrgico João Farani, o encontro teve o apoio de assessores do vereador Izídio de Brito (PT).
“Estamos pedindo apoio dos metalúrgicos para divulgar nossas reivindicações e para nos orientar sobre a melhor forma de unir e mobilizar nossa categoria”, afirma uma auxiliar que prefere não se identificar.
Na reunião, as trabalhadoras formaram uma comissão para levar a pauta de reivindicações ao sindicato dos servidores municipais e exigir negociação com o prefeito Vitor Lippi (PSDB). “Caso se recusem a levar a sério nossa pauta, pode haver greve”, afirma uma trabalhadora.