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INCLUSÃO

Funcionários do SMetal se formam em curso de Libras

Com o intuito de aprimorar o atendimento nas sedes do SMetal e promover a inclusão de pessoas surdas, funcionários da entidade participaram de curso de Língua Brasileira de Sinais

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

A última aula do curso básico de libras aconteceu no sábado, dia 6, na sede do SMetal em Sorocaba

Com o intuito de aprimorar o atendimento nas sedes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e promover a inclusão de pessoas surdas, funcionários da entidade participaram de curso básico de Língua Brasileira de Sinais – Libras.

As aulas foram ministradas na sede de Sorocaba aos sábados, de 16 de julho a 6 de agosto e contou com a participação de 34 alunos. Na manhã desta segunda-feira, dia 8, os funcionários fizeram uma apresentação à diretoria executiva da entidade para finalizar o primeiro módulo. Os certificados do curso básico foram entregues no último sábado, dia 6.

O presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva, parabenizou os alunos pela dedicação e contou que o projeto faz parte da política de inclusão do Sindicato. “Todos os anos nós defendemos a importância da inclusão e acessibilidade no meio sindical, pois acreditamos em um mundo para todos, onde todos sejam assistidos e compreendidos”, disse.

A partir do dia 20 será formada nova turma no nível intermediário, com foco no mundo sindical.

Segundo a professora Maria Ângela de Oliveira Oliveira, o projeto de formação dentro do Sindicato é pioneiro na região. “O Sindicato aqui tem tudo para ser bilíngue, porque está investindo nos funcionários para que surdos possam ser incluídos no trabalho da entidade”, comemora.

Ela conta que para o curso intermediário está produzindo um material específico para a entidade, com as necessidades encontradas no dia a dia pelos funcionários em todos os departamentos.

Para a professora de Libras, é urgente que a nossa sociedade seja bilíngue. “Os surdos precisam, eles fazem de tudo para que nós os entendamos. Alguns foram oralizados, escrevem a nossa língua, por que não levar a língua deles até eles?”, enfatiza Maria Ângela.

Atendimento

Logo após o início do curso, a auxiliar de recepção do SMetal, Suyanne Batista Silva, realizou seu primeiro atendimento a uma sócia com problema auditivo. “Fiquei trêmula, mas ela ficou tão feliz quando eu disse que estava aprendendo. Então pedi seus documentos e realizei o protocolo de atendimento”, lembra. “Ali vi realmente a necessidade de alguém que entenda a língua deles”, completa.

De acordo com o Censo 2010, quase 10 milhões de brasileiros têm alguma deficiência auditiva, o que representa 5% da população do País. Em Sorocaba, 28.728 pessoas têm dificuldades para ouvir. A Língua Brasileira de Sinais se tornou língua oficial dos surdos em abril de 2002.

“É uma língua adolescente, tem 14 anos apenas, então tem muito ainda para caminhar. O sindicato já deu um primeiro passo, preparou os funcionários de todas as áreas para o básico, agora vamos dar um segundo passo, com as aulas intermediárias”, afirma a professora Maria Ângela.

Funcionários do SMetal se formam em curso de Libras

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