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Greve YKK

Funcionários da YKK pedem apoio dos vereadores e fazem passeata no centro de Sorocaba

Greve já poderia ter se encerrado se empresa não radicalizasse e tomasse decisão de descontar dias parados

Imprensa SMetal
Foguinho/Impensa SMetal
Trabalhadores ocuparam apenas uma faixa para não causar prejuízo para o trânsito; PM acompanhou a passeata e ajudou a manter fluxo normal dos veículos

Trabalhadores ocuparam apenas uma faixa para não causar prejuízo para o trânsito; PM acompanhou a passeata e ajudou a manter fluxo normal dos veículos

Aproximadamente 200 funcionários da YKK, metalúrgica instalada na zona industrial de Sorocaba, promoveram três atos na manhã desta terça-feira, 25, em Sorocaba, para protestar contra atitudes arbitrárias da fábrica e chamar a atenção da sociedade pela falta de respeito da empresa com os trabalhadores.

Os funcionários da YKK entraram em greve na manhã da última quinta-feira, dia 20, por discordar do índice de 10% oferecido pela empresa como reajuste salarial. Na sexta, 21, a fábrica melhorou o reajuste, elevando o índice para até 12%, mas o impasse persistiu porque a empresa insistia em descontar os dias parados.

Na segunda-feira, a empresa retirou a proposta feita por ela na sexta-feira, ignorando os trabalhadores em greve.

Na Câmara
O primeiro ato aconteceu na Câmara Municipal entre 9h e 10h. Durante a sessão ordinária do Legislativo sorocabano, os trabalhadores empunharam faixas e cartazes para mostrar aos vereadores que estão descontentes com a atitude da fábrica.

João de Moraes Farani, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, usou a tribuna da Câmara para relatar o descaso com que a empresa vem tratando os funcionários “e cobrar [a YKK] a responsabilidade social que ela diz ter, mas que não pratica com seus funcionários”.

O sindicalista e vereador Izídio de Brito (PT) disse que a manifestação dos trabalhadores era resultado de um acúmulo de problemas na empresa, como postura antidemocrática e assédio moral. “A empresa teve, inclusive, uma boa oportunidade de evitar que o nome dela viesse a público quando fez uma proposta razoável na sexta-feira que caminhava para por fim à greve, mas por não querer negociar os dias parados, ela retirou a proposta e encerrou o diálogo”.

O presidente da Câmara, o vereador Marinho Marte (PPS) acrescentou que “ninguém faz greve porque quer, faz porque por que chegou ao limite”, disse o parlamentar ao saber que a pauta das negociações salariais foram protocoladas no mês de julho. Marinho acrescentou, ainda, que o espaço da Câmara é democrático “e a Casa estará sempre à disposição”, concluiu.

Passeata
O segundo ato de protesto dos trabalhadores foi uma passeata pelo centro de Sorocaba. Das 10h30 até o meio dia os trabalhadores percorreram diversas ruas do centro da cidade para chamar a atenção da população.

Com faixas, cartazes e gritando palavras de ordem, o grupo recebeu apoio dos comerciantes, empregados do comércio e transeuntes.

Almoço no Ciesp
O protesto dos trabalhadores terminou com um almoço no pátio do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que representou o terceiro ato de protesto dos funcionários da YKK. “Optamos por almoçar aqui para mostrar também aos diretores do Ciesp que a YKK não está se comportando como uma empresa responsável deve se comportar”, diz o também dirigente sindical Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho.

Farani usa tribuna da Câmara de Sorocaba para expor problemas da empresa YKK

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