Fábrica fica na marginal D. Aguirre, em Sorocaba
Os trabalhadores da Legget&Platt, fabricante de molas para colchões instalada em Sorocaba, entraram em greve na manhã de hoje, dia 29, devido à recusa da empresa em definir um programa de participação nos resultados (PPR). Não há previsão de encerramento da paralisação. Mas amanhã de manhã os 40 funcionários vão se encontrar em frente à fábrica para decidir os rumos do movimento.
Já faz três anos que o Sindicato dos Metalúrgicos reivindica o pagamento de PPR aos trabalhadores. Mas a empresa, de capital norte-americano e com fábricas em diversos países, sempre se recusa a implantar o benefício.
A mais recente pauta de reivindicações sobre PPR foi encaminhada pelo Sindicato à empresa em junho deste ano.
Como as negociações não evoluíram, o Sindicato encaminhou um aviso de greve para a direção da fábrica na semana passada.
A greve
Sem respostas concretas até hoje, os trabalhadores decidiram entrar em greve após assembleia sindical às 8h. Inicialmente o movimento deveria durar apenas duas horas, mas diante da negativa da empresa em definir o benefício, a paralisação foi estendida até o início da tarde.
Os trabalhadores almoçaram marmitex em frente à fábrica, que fica na marginal D. Aguirre, em Sorocaba.
Em contato com o Sindicato, a direção da Legget pediu 10 dias para apresentar uma proposta de participação nos resultados. No início da tarde de hoje, em nova assembleia, os funcionários decidiram, após 3 anos de espera, não aceitar o prazo pedido pela empresa. Eles votaram pela manutenção da greve e foram embora.
Amanhã às 7h30 haverá uma nova assembleia, coordenada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, na qual os trabalhadores vão decidir os próximos passos na luta pelo primeiro PPR na fábrica da multinacional em Sorocaba.
