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Intenções golpistas

Empresários querem aumentar jornada de trabalho

Em reunião com o presidente interino, Michel Temer (PMDB), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu, no dia 8, a jornada de trabalho de 80h semanais

Imprensa Smetal
Lula Marques

Para o presidente da CNI essa é uma medida para o governo melhorar a situação do déficit fiscal

Em reunião com o presidente interino, Michel Temer (PMDB), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu, na sexta-feira, dia 8, a jornada de trabalho de 80h semanais, entre outras mudanças trabalhistas.

Tanto a CNI quanto a Fiesp, de Paulo Skaf (PMDB), são apoiadores do golpe que afastaram Dilma Rousseff (PT) da presidência da República por 180 dias. A declaração foi feita após reunião com 100 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).

Para o presidente da CNI essa é uma medida para o governo melhorar a situação do déficit fiscal. Outra medida seria uma “mudança brusca” na Previdência Social, aumentando o tempo para a aposentadoria.

“Vimos agora o governo francês, sem enviar ao Congresso Nacional, tomar decisões com relação às questões trabalhistas. No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal. As centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36, passou para a possibilidade de até 60 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho”, citou o presidente da CNI.

No entanto, a nova lei trabalhista francesa estipula que, apenas em casos de emergências, como nevasca ou desabastecimento de remédio por epidemia, e após negociação com sindicato, as horas extras podem chegar às 12 horas diárias (oito horas, mais quatro horas extras pagas em 5 dias de semana).

Após diversos protestos em redes sociais e em publicações de jornais devido à posição da entidade, o presidente da CNI divulgou nota tentando desmentir sua própria declaração.

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