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Editorial: Sua vida não tem preço

SMetal cobra melhorias, incentiva a atuação da CIPA e recorre a justiça para proteger a categoria; trabalho dos dirigentes está pautado em defender os metalúrgicos e seu bem maior, que é a vida

SMetal (Departamento Jurídico)
Foguinho/Arquivo/ImprensaSMetal
Foto de 2011 mostra o histórico de luta do SMetal em prol dos direitos da categoria

Foto de 2011 mostra o histórico de luta do SMetal em prol dos direitos da categoria

Houve tempo no qual os direitos trabalhistas não existiam. Medidas importantes como salário mínimo, férias, licença maternidade e jornada de trabalho não eram obrigação dos patrões. Os donos das empresas, diante das altas taxas de desempregos e da miséria, faziam as regras como bem entendiam.

Era comum, por exemplo, que as jornadas de trabalho fossem de 10 a 12 horas por dia. Os patrões, ainda, podiam aumentar a velocidade das máquinas para acelerar a produção e até mesmo multar e usar da violência contra os trabalhadores.

Não havia leis ou regras para segurança no ambiente de trabalho. Homens e mulheres produziam em situação de extremo risco todos os dias e, muitas das vezes, sofriam graves acidentes ou perdiam a vida. Tudo isso acontecia aos olhos de todos e sem amparo legal.

A partir da luta dos trabalhadores e dos sindicatos, leis trabalhistas foram criadas e aprimoradas ao longo dos anos. Isso garantiu importantes direitos que os trabalhadores têm atualmente.

Para além do salário estabelecido por lei e tantos outros benefícios, um dos pontos mais importantes dos avanços da legislação trabalhista é a segurança no local de trabalho. É com isso que homens e mulheres, que deixam suas casas para produzir todos os dias, têm a certeza de que vão cumprir seu dever e voltar para os braços de suas famílias.

Sendo assim, é inaceitável que, em pleno 2022, com o avanço da tecnologia e com direitos estabelecidos, tenhamos notícias de graves acidentes e, até mesmo, de mortes de trabalhadores nas empresas de Sorocaba e região.

É evidente que isso tem um pano de fundo político que remete a Bolsonaro. Afinal, foi ele quem disse que as pessoas teriam que escolher entre ter emprego e ter direitos. É Bolsonaro também que tenta, a todo custo, acabar com as leis que protegem os trabalhadores.

Não há dúvidas que Bolsonaro não se importa com a sua ou com a vida de seus familiares. Não é surpresa que muitos empresários tampouco pensam nos riscos que você corre dentro das fábricas.

Por isso, o Sindicato continua a luta diária por direitos e por condições dignas no local do trabalho. O SMetal cobra constantemente melhorias, incentiva a atuação da CIPA e, quando necessário, recorre a justiça para proteger a categoria. O trabalho dos dirigentes sindicais está pautado em defender os metalúrgicos e seu bem maior, que é a vida. Que nenhuma família tenha que chorar um ente que querido que não voltou do trabalho. Conte sempre com seu Sindicato.

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direitos Metalúrgicos SMETAL Sorocaba trabalhadores
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