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EDITORIAL: Por emprego e pelo direito de se aposentar

Editorial da Folha nº 937 afirma ser possível fazer o contraponto às manobras que têm aumentado a miséria no país com a greve geral do dia 14, em defesa da Previdência pública e da geração de empregos

Divulgação

Dia 30 de maio foi marcado pelas manifestações em defesa da Educação e também contra o desgoverno que tem levado o país ao abismo social. Foi grande como o ato do dia 15 de maio e, no dia 14 de junho, será ainda maior.

Não há receita mágica para que uma nação se desenvolva. O que há são projetos ou não para a soberania nacional, para a geração de empregos. Não temos visto, infelizmente, nenhum projeto nessas áreas.

Só há muita falação e baixaria em publicações nas redes sociais do presidente do país, que não se mostra preocupado em zelar pelo emprego. Está interessado em continuar a pagar os deputados e senadores para que aprovem, a toque de caixa, a perversa proposta que alteraria a Previdência, para privilegiar banqueiros.

Mas nenhuma política pública está sendo feita para tirar do desalento e do desemprego mais de 14 milhões de pessoas. Com emprego e carteira assinada, a Previdência teria mais contribuições e, isso sim, a fortaleceria.

Estamos cansados de tantas mentiras, o Brasil não irá para o buraco se a reforma não passar. O Brasil já vive num extremo buraco de pobreza, só não vê quem não quer.

As montadoras de automóveis já deram vários cheques mates pela retirada de direitos e com demissões. Ocorreu com a Ford, com a Volks, e agora, enfrentamos as negociações da Toyota para que não seja retirado nenhum direito. Nossa luta é árdua e já estamos com mais três reuniões agendadas com os representantes da empresa, antes da terceira plenária que realizaremos com os trabalhadores na nossa sede, neste sábado.

Continuamos na luta pela manutenção de emprego e pela geração de mais postos de trabalho. Nesse sentido, já estivemos até no Japão, alguns anos atrás, para reivindicar mais projetos para a planta de Sorocaba.

Ao mesmo tempo, sabemos que não basta a luta do sindicato para que surjam novos investimentos, é preciso iniciativas da empresa e do governo para o desenvolvimento industrial.

Por isso, o governo precisa sair da rede e agir pelo povo e não pelo capital financeiro. Mas ele não foi eleito para isso. É por isso que o papel da sociedade organizada, da classe trabalhadora, dos estudantes, neste momento, é de se unir e mobilizar para barrar essa reforma da Previdência e para cobrar projetos de geração de emprego!

Nos dias 15 e 30 de maio o tsunami da educação lotou as ruas do Brasil. Agora, dia 14 de junho, será a greve geral, deixemos as ruas vazias. Que cada um e cada uma faça parte desse protesto porque só a pressão do povo pode mudar os rumos de uma nação. É só com união que se avança, que se progride!

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