Não é normal ridicularizar colegas de trabalho, nem é liberada a selvageria de gritos e humilhações na fábrica, em nenhum setor. Tanto no administrativo quanto na produção, o respeito deve ser a base para qualquer relação, dentro e fora do ambiente de trabalho.
Temos recebido diversas denúncias de trabalhadores sobre práticas de assédio moral praticadas por team leader (ou qualquer outra nomenclatura para liderança), supervisores e outras chefias, que têm ameaçado e constrangido trabalhadores. Destacamos que essas posturas não são aceitas por este sindicato e que há diversas ferramentas que podem ser acionadas contra essa truculência no mundo do trabalho.
O RH de uma empresa que se omite perante essas condutas errantes deve ser responsabilizado, mas principalmente a própria empresa que não reprimir o assédio moral ou casos de agressões verbais.
Qual trabalhador ou trabalhadora sai de casa motivado(a) para o trabalho, muitas vezes ainda de madrugada, para passar um dia todo em ambiente que se tornou rude e áspero por lideranças que descarregam suas frustrações em cima deles?
Como reforça o jurídico do SMetal, se a empresa se mantém inerte isto reforça sua culpa.
O empregador é responsável pelo meio ambiente no local de trabalho e deve assegurar saúde física e mental a seus empregados.
Em casos de discriminações, seja por racismo, homofobia, preconceito contra PCD, ou outro tipo, o trabalhador ou trabalhadora que sofrer com comportamento discriminatório ou agressivo no ambiente de trabalho pode entrar com ação tanto trabalhista contra a empresa quanto criminalmente, em relação aos agressores.
No caso recente da Kanjiko, o SMetal fez assembleia para alertar os trabalhadores e defendê-los, agendou reunião com a empresa para que tome as medidas cabíveis e ainda, denunciará a empresa em ação coletiva.
Outras empresas estão na mira da justiça, até que se ponha fim na selvageria de lideranças e nas omissões, que ainda não saíram do modo chicote de produção.
Por outro lado, há fábricas em busca de desenvolver o bem-estar social, com relações humanizadas, inclusive, trabalhando com a pauta da diversidade, sem deixar de lado a rentabilidade.
Afinal, a visibilidade dos negócios está em cheque. Numa sociedade cada vez mais “tecnologizada” é muito mais fácil denunciar abordagens agressivas e discriminatórias. Não se cale, denuncie!
O papel do sindicato é o de proteger os direitos dos trabalhadores e a dignidade está entre os primeiros!