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Opinião

Editorial: Leitura obrigatória para chefias

O editorial da Folha Metalúrgica nº 945 reforça que nenhum tipo de discriminação é aceitável e que a empresa é responsável pelo local de trabalho e deve assegurar saúde física e mental a seus empregados.

Imprensa SMetal
Divulgação
Empresa que não reprimi assédio moral ou casos de agressões verbais deve ser responsabilizada

Empresa que não reprimi assédio moral ou casos de agressões verbais deve ser responsabilizada

Não é normal ridicularizar colegas de trabalho, nem é liberada a selvageria de gritos e humilhações na fábrica, em nenhum setor. Tanto no administrativo quanto na produção, o respeito deve ser a base para qualquer relação, dentro e fora do ambiente de trabalho.

Temos recebido diversas denúncias de trabalhadores sobre práticas de assédio moral praticadas por team leader (ou qualquer outra nomenclatura para liderança), supervisores e outras chefias, que têm ameaçado e constrangido trabalhadores. Destacamos que essas posturas não são aceitas por este sindicato e que há diversas ferramentas que podem ser acionadas contra essa truculência no mundo do trabalho.

O RH de uma empresa que se omite perante essas condutas errantes deve ser responsabilizado, mas principalmente a própria empresa que não reprimir o assédio moral ou casos de agressões verbais.

Qual trabalhador ou trabalhadora sai de casa motivado(a) para o trabalho, muitas vezes ainda de madrugada, para passar um dia todo em ambiente que se tornou rude e áspero por lideranças que descarregam suas frustrações em cima deles?

Como reforça o jurídico do SMetal, se a empresa se mantém inerte isto reforça sua culpa.

O empregador é responsável pelo meio ambiente no local de trabalho e deve assegurar saúde física e mental a seus empregados.

Em casos de discriminações, seja por racismo, homofobia, preconceito contra PCD, ou outro tipo, o trabalhador ou trabalhadora que sofrer com comportamento discriminatório ou agressivo no ambiente de trabalho pode entrar com ação tanto trabalhista contra a empresa quanto criminalmente, em relação aos agressores.

No caso recente da Kanjiko, o SMetal fez assembleia para alertar os trabalhadores e defendê-los, agendou reunião com a empresa para que tome as medidas cabíveis e ainda, denunciará a empresa em ação coletiva.

Outras empresas estão na mira da justiça, até que se ponha fim na selvageria de lideranças e nas omissões, que ainda não saíram do modo chicote de produção.

Por outro lado, há fábricas em busca de desenvolver o bem-estar social, com relações humanizadas, inclusive, trabalhando com a pauta da diversidade, sem deixar de lado a rentabilidade.

Afinal, a visibilidade dos negócios está em cheque. Numa sociedade cada vez mais “tecnologizada” é muito mais fácil denunciar abordagens agressivas e discriminatórias. Não se cale, denuncie!

O papel do sindicato é o de proteger os direitos dos trabalhadores e a dignidade está entre os primeiros!

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